Homicídio doméstico: suspeito n.º 1 continua em Portugal

Seis dias após o assassinato da companheira e mãe do filho, Felisberto Semedo Dosseis, 26 anos, continua preso em Portugal, país para onde viajou (nossas edições anteriores). Por força de um mandado de prisão europeu, este homem está nas mãos de juízes portugueses, que estão em contacto com magistrados franceses para organizar o seu regresso a Toulouse, onde foi aberta uma investigação judicial por homicídio.

“As autoridades francesas devem enviar um arquivo”, explica Ludovic Rivière, um advogado especialista. “Ele terá que comparecer perante um tribunal português que decidirá se o devolverá ou não à França. Ou ele aceita sua entrega às autoridades francesas ou se opõe a ela. O prazo máximo de execução é de 60 dias; 90 dias se houver dificuldade.”

Felisberto Semedo Dosseis apresentou-se numa esquadra de polícia em Lisboa no passado domingo, com as roupas ainda manchadas de sangue, para se entregar. Não deverá, portanto, causar problemas no seu regresso. Terá confessado o homicídio, na noite de sábado, da sua companheira, Mónica Tavares Duarte, de 29 anos, enquanto uma menina de 6 anos dormia neste apartamento no último andar de um edifício, a Rua Van-Gogh, 17.

Uma discussão havia começado entre o casal. Ciumento, o homem teria acusado a companheira de tê-lo traído. Uma discussão alimentada por conversas nas redes sociais.

Bêbado de ciúmes, ele teria pegado duas facas para esfaquear a vítima no coração e no pescoço. A menina ainda dormia quando ele saiu e trancou o apartamento para pegar um carro para Portugal, onde esse cabo-verdiano de origem tem laços. Conforme os quilômetros passavam e sua raiva diminuía, ele foi direto para a delegacia.

Enquanto isso, no distrito de Bellefontaine, em Toulouse, um irmão da vítima, preocupado por não ter notícias dela, alertou os bombeiros. Eles tiveram que subir no telhado do prédio e descer de rapel para entrar no apartamento onde fizeram a descoberta macabra, na sala de estar. A menina, ainda dormindo, foi levada para um abrigo.

Quando a decisão de retornar à França for tomada, o suspeito será apresentado diretamente ao juiz de instrução responsável pelo caso.

Nicole Leitão

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