A Wizz Air confirma que o voo de emergência da Madeira para Roma partiu hoje às 14:38 hora local (15:38 na Itália) do aeroporto do Funchal, transportando todos os passageiros que reservaram ou compraram passagens para o voo de emergência. Isto é de acordo com uma declaração da companhia aérea de baixo custo. Os passageiros que solicitaram um reembolso para sua passagem original e conseguiram comprar uma passagem para um voo de emergência alternativo poderão enviar recibos à companhia aérea para serem reembolsados por qualquer diferença no preço da passagem que possa ter ocorrido. “As interrupções recentes são um resultado direto das condições climáticas, que estão além do controle da companhia aérea; no entanto, a Wizz Air fez e continua a fazer o máximo para trazer para casa todos os passageiros retidos no aeroporto. A segurança de nossos passageiros e tripulação continua sendo primordial, e não comprometeremos isso em nenhuma circunstância”, disse a declaração.
Ontem à noite, o embaixador italiano em Lisboa Cláudio Miscia – por instruções do Ministro dos Negócios Estrangeiros Antonio Tajani – criou uma “unidade de emergência” para monitorar a situação dos compatriotas presentes na ilha. Uma nota da Farnesina relata que o embaixador pediu ao cônsul honorário Margarida Vale dos Santos manter uma presença no aeroporto com seus colaboradores para passageiros que não foram assistidos pela Wizz Air e acomodados em hotéis na ilha. A Embaixada Italiana também acompanhou o repatriamento de oito passageiros que retornaram em um voo via Varsóvia. Em Roma, a Farnesina e a Autoridade Nacional de Aviação Civil (Enac), em coordenação operacional com a Guardia di Finanza, atuaram com a representação italiana da companhia aérea para acelerar o despacho de uma nova aeronave para o retorno à Itália.
Ontem, a Farnesina havia pedido à Guardia di Finanza, por meio de seu comando no aeroporto de Fiumicino, para intervir rapidamente com a companhia aérea Wizz Air em relação aos 200 passageiros italianos retidos desde 15 de agosto na Madeira. Com esta medida, o governo está fazendo seu o pedido dos cidadãos que estão pedindo para serem colocados em um novo voo o mais rápido possível. De fato, em uma nota da Farnesina, lemos que nos últimos dias a companhia aérea tem sido inacessível por passageiros deixados no aeroporto da Madeira que estavam tentando pedir para acelerar o despacho de um novo avião para seu retorno à Itália.
A Codacons também interveio no episódio de hoje, anunciando uma denúncia e garantindo assistência jurídica aos passageiros que pretendem proteger seus direitos diante de um caso “surreal e gravíssimo”: uma verdadeira odisseia, uma experiência de pesadelo e inaceitável em 2024. A Associação, que sempre esteve “na vanguarda da questão dos direitos dos usuários, lembra que em caso de cancelamento do voo, os passageiros têm direito, além do reembolso da passagem, a uma indenização de até 600 euros por viajante”. Segundo o presidente da Codacons, Carlo Rienzi, o ocorrido é “muito grave. Não apenas pelo cancelamento do voo, mas também pelo tratamento reservado aos passageiros, que não receberam nenhuma forma de assistência ou ajuda”.
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