‘Quanto mais esperarmos, maiores serão os custos para a sociedade’: UE visa zero poluição do ar e da água

  • A União Europeia pretende reduzir a poluição do ar e da água a zero até 2050.
  • Eles visam reduzir em mais da metade o limite anual de poluição por partículas finas no ar.
  • Além disso, tornarão o tratamento de efluentes mais eficiente, entre outras medidas.

A UE detalhou na quarta-feira seus planos para reduzir a poluição do ar e da água a zero até 2050, oferecendo regras mais duras e compensações para aqueles afetados pela má qualidade do ar.

Os pontos apresentados pela Comissão Europeia reforçam sua transição para um futuro mais verde para o bloco de 27 países – um compromisso fundamental da chefe da comissão, Ursula von der Leyen.

“Quanto mais esperarmos para reduzir essa poluição, maiores serão os custos para a sociedade. Até 2050, queremos que nosso meio ambiente esteja livre de poluentes nocivos”, declarou seu vice-presidente, Frans Timmermans.

“Nossas propostas para reduzir ainda mais a poluição da água e do ar são uma peça crucial desse quebra-cabeça.”

O plano exige uma revisão da legislação da UE, das diretivas de qualidade do ar ambiente e da diretiva de tratamento de águas residuais urbanas.

Eles introduziriam check-ups regulares, reduziriam o limite anual de poluição por partículas finas no ar em mais da metade e tornariam o tratamento de águas residuais mais eficiente, por exemplo, recuperando mais nutrientes para reciclagem.

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Um princípio de “poluidor pagador” seria aplicado a micropoluentes tóxicos na água – 92% dos quais, segundo a comissão, são provenientes de produtos farmacêuticos e cosméticos.

Uma proposta fundamental é a compensação para aqueles que sofreram quando as normas de qualidade do ar da UE foram violadas.

As reivindicações podem ser feitas como parte de uma ação coletiva.

Cada um dos estados membros da UE seria livre para apresentar suas próprias medidas específicas para atingir as metas, com a comissão reservando o direito de iniciar processos de infração “como último recurso” contra aqueles que falharem.

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Haveria “procedimentos mais simples para as autoridades locais e regionais irem contra e imporem sanções aos poluidores”, disse o comissário europeu para o Ambiente, Virginijus Sinkevicius.

Ele disse que os padrões de qualidade do ar visados ​​estão mais próximos daqueles estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde, “que levam plenamente em conta a viabilidade técnica e, claro, as considerações socioeconômicas”.


Isabela Carreira

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