É uma das maiores catástrofes naturais que Portugal já conheceu. 1er Novembro de 1755, um terramoto (seguido de um tsunami e inúmeros incêndios) devastou Lisboa e deixou dois terços da cidade em ruínas. Um ponto de viragem histórico em torno do qual foi concebido um dos novos espaços culturais da capital portuguesa, o Museu do Terremoto. Seu lema? “Espere o inesperado.”
Desde que o museu abriu na quarta-feira, 20 de abril, a imprensa portuguesa foi conquistada. a Diário de Notícias, por exemplo, possui um “experiência única que vai voltar a fazer tremer Lisboa”. O espaço, localizado em Belém, tem 1.800 m2 em três andares, com mapas, efeitos especiais e simuladores em inglês, português, espanhol e francês. Tudo se une para oferecer um “viagem no tempo”, explica o diário, que especifica:
“Todos estão convidados a ‘reviver as horas que antecederam e se seguiram ao terramoto, sem esquecer o que se seguiu: a reconstrução de uma Lisboa visionária e a emergência de novos pensamentos filosóficos que dela resultaram.”
O horizonte de uma nova catástrofe
O evento, que impressionou a Europa do Iluminismo (Voltaire o menciona em Cândido ou otimismo), deu origem, de facto, a uma verdadeira revolução arquitetónica, mas também cultural, académica e política, imposta pelo Marquês de Pombal, todo-poderoso ministro de D.er. Este último, com a ajuda dos seus arquitectos, urbanistas e engenheiros, impôs, para a reconstrução de Lisboa, um plano e uma organização que muito deve ao iluminismo francês.
Além de sua educação histórica, o Quake Museum também pretende informar e alertar os visitantes sobre riscos potenciais. Porque existem, sublinha nas colunas do jornal Maria João Cruz Marques, corresponsável pelo projeto:
“Vivemos com a ideia ainda muito presente de que um novo terremoto poderia ocorrer [à Lisbonne]. A questão não é se tal evento se repetirá, mas quando, devido à nossa posição tectônica”.
Além disso, o museu oferece uma introdução à sismologia e proteção civil em uma pequena “Centro de treinamento” dedicado à prevenção.