Incêndios maciços e incontroláveis estão destruindo florestas em todo o mundo. Este inventário planetário explica em detalhes por que os “megaincêndios” se multiplicarão e como responder. Um documento para ver ou rever terça-feira, 16 de agosto às 20h50 na ARTE.
Austrália, Califórnia, Sibéria, Suécia, Portugal, Grécia, Amazônia…: Por mais de uma década, a ladainha de “mega incêndios” tem apimentado as notícias, com tanta frequência que um desastre expulsa o anterior na mente das pessoas.
Muitos esqueceram que em 2016, na cidade petrolífera de Fort McMurray, Canadá, incêndios florestais incontroláveis atingiram a área metropolitana, levando à evacuação de quase todos os 100.000 moradores e à destruição de milhares de casas. Desta vez, os socorristas conseguiram salvar todas as vidas, mas desde então dezenas de pessoas morreram em um desses grandes incêndios.
Se eles já estão destruindo mais de 350 milhões de hectares de floresta por ano, seis vezes o tamanho da França, e se espalhando cada vez mais para áreas povoadas, o pior ainda está por vir.
Nesta pesquisa planetária, Cosima Dannoritzer (pronto para jogar) reúne bombeiros, cientistas e especialistas em incêndio, da Europa à Indonésia, passando pelos Estados Unidos e Canadá, e mostra que a maioria das florestas do mundo são verdadeiros “temporizadores de bombas” que podem ser ativados à menor faísca.
“Piroceno”
O aumento das temperaturas e, portanto, a seca como resultado das mudanças climáticas, o enfraquecimento das árvores, a expansão contínua das áreas habitadas, a falta de manutenção da paisagem, a derrubada selvagem devido aos incêndios de turfa para a produção de óleo de palma…: l a pesquisa descreve as causas e os funcionamento desses infernos gigantes, semelhantes a “usinas nucleares em movimento”, que por sua vez exacerbam as mudanças climáticas, consomem oxigênio e liberam carbono na atmosfera.
Os desastres que presenciamos prenunciam nossa entrada em uma nova era, a do “Piroceno”. “Ainda temos 20 anos para responder”, estima Paul Hessburgum dos maiores especialistas em incêndios florestais do mundo.
Se, entre tecnologias de ponta e a reativação de métodos esquecidos, se esforçam para desenvolver novos meios para combater esse inventário tão minucioso que substitui a explicação do alarmismo, sublinhando que o remédio envolve também novos comportamentos coletivos: devemos aprender a viver com o fogo, um processo natural que não podemos esperar dominando a tecnologia sozinhos. Uma prevenção mais fácil de implementar do que a luta contra as alterações climáticas.

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