André Ventura, líder da formação de extrema-direita Chega, não perde oportunidade de semear polémica em Portugal e hoje inspirou-se na agressão do ator Will Smith e Chris Rock na gala do Óscar para admitir que sentiu vontade de dar um soco no ex-presidente do parlamento português. “Que coragem! A vontade eu tinha de fazer isso na Assembleia da República com Ferro Rodrigues, e não o fiz”, escreveu na sua conta no Twitter de uma foto do momento em que Smith bateu no Rock por uma brincadeira de mau gosto sobre sua esposa. Minutos depois, Ventura apagou o comentário.
Nos últimos dois anos, o líder do Chega tem tido uma relação tensa com o socialista Ferro Rodrigues, que amanhã assumirá a presidência do Parlamento de Augusto Santos Silva.
Não é a primeira vez que Ventura usa suas redes sociais para lançar mensagens de incentivo à violência ou conteúdo racista, o que levou à suspensão temporária de sua conta no Twitter. No ano passado, ele foi condenado por qualificar uma família de um bairro periférico de “bandidos”, denunciou a comunidade cigana e chegou a pedir a deportação de um deputado afrodescendente.
Com um discurso populista e xenófobo, fez do Chega o terceiro poder político em Portugal e a partir de amanhã, quando o país abrir uma nova legislatura, terá uma dezena de deputados no Parlamento. O banco do Chega tem apenas uma mulher, Rita Maria Matias, 23 anos e filha de um dos conselheiros de Ventura.
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