Esta é a maior fiança alguma vez exigida por um tribunal português, segundo a imprensa local. O empresário português Armando Pereira, cofundador do grupo de telecomunicações Altice envolvido num caso de corrupção, pagou a quantia de dez milhões de euros para pôr fim à prisão domiciliária, anunciou segunda-feira o seu advogado.
“Estamos apenas à espera que o juiz confirme a validade do pagamento da fiança, e a partir daí Armando Pereira poderá circular livremente”, disse aos jornalistas o advogado Manuel Magalhães e Silva, após o tribunal de Lisboa carregar o processo.
Fraude fiscal e lavagem de dinheiro
Antigo braço direito do patrão da Altice, Patrick Drahi, Armando Pereira foi detido no dia 13 de julho numa operação massiva que levou a uma busca na sede da empresa, em Lisboa. A investigação diz respeito a factos susceptíveis de constituir crimes de “corrupção no sector privado, fraude fiscal, falsificação e utilização de falsificação e branqueamento de capitais”, segundo o Ministério Público.
O empresário português, suspeito de onze atos de corrupção e branqueamento de capitais, é também suspeito de ter constituído uma rede de fornecedores duvidosos com o objetivo de desviar avultadas somas de dinheiro através da política de compras coletivas. Armando Pereira contesta estas suspeitas.
A Altice é a empresa-mãe da operadora francesa SFR.
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