Carlota Ciudad Lisboa, 25 Jan (EFE).- A legalização da cannabis, a criação de uma rede pública de hospitais veterinários, o combate à obsolescência programada ou a criação de um Ministério da Família são algumas das propostas mais marcantes dos partidos que concorrem a um lugar nas eleições legislativas dia 30 em Portugal. Favoritos nas pesquisas, os socialistas acusam a gestão do governo de desgaste enquanto o conservador PSD fecha a lacuna e a extrema direita cresce, segundo as pesquisas. Em plena campanha eleitoral, os partidos centram as suas mensagens na fiscalidade, no salário mínimo, no investimento no sistema de saúde e educação ou na gestão da companhia aérea portuguesa TAP, embora quem ler os seus programas eleitorais encontre outras propostas que raramente são ouvida nos discursos. São alternativas que aparecem em seus capítulos de Economia, Saúde, Cultura ou Sociedade. DO “GREEN CARD” PORTUGUÊS AO MINISTÉRIO DA FAMÍLIA O Partido Social Democrata (PSD), segundo nas preferências eleitorais segundo as sondagens, propõe a revisão da lei de imigração para “a adopção de um sistema de pontos” para os migrantes, além a um modelo semelhante ao “green card” americano. Em dados absolutos, o número de estrangeiros a residir em Portugal atingiu 555.299 pessoas em 2021 – com um crescimento de 40,6% na última década – e a maioria (81,4%) é proveniente de países não pertencentes à UE. Enquanto isso, o Chega, de extrema-direita, que pode ganhar terreno nestas eleições legislativas, fala em “neutralidade racial e étnica das leis. E vai mais longe: propõe a criação de um Ministério da Família, para garantir a” reconstrução cultural ou econômica da família nas diversas esferas de governo”, para que “a instituição retome o lugar que lhe é próprio”. À esquerda, o Livre quer “descolonizar a cultura”, contextualizar a história em museus, exposições e materiais didáticos, e que “se estimule a visão crítica de seu passado de escravidão, colonialismo e violência perpetrada contra outros povos e culturas”. pode ser devolvida ou reclamada pelos Estados e comunidades de origem”. CANNABIS E OBSOLESCÊNCIA Na lista do Livre, outra proposta marcante: legalizar o consumo e a venda de maconha, inclusive para uso recreativo, qualificando que devem ser rotulados com informações sobre os riscos e com venda limitada a adultos. E curiosa é também a abordagem do Partido Comunista de Portugal (PCP) que propõe a adoção de um plano de combate à obsolescência programada, “que prevê medidas para garantir o prolongamento da durabilidade dos equipamentos”. “DESEUCALIPTAR” PORTUGAL O partido animalista PAN estabelece numa lista de prioridades “deseucalipto” Portugal. O eucalipto é uma espécie com elevada presença no território, e ordena a floresta. O PAN também defende a eliminação do apoio financeiro às fazendas de gado, “redirecionando esse apoio para uma agricultura ambientalmente responsável”. Soma-se a isso transformar o ecocídio em crime contra a humanidade e criar uma rede pública de hospitais médico-veterinários. Por fim, o Volt, partido minoritário pan-europeu que ainda não tem representação parlamentar no país, levanta a importância do direito ao esquecimento, que “deve ser assegurado” num contexto cada vez mais digital, para além do reconhecimento da direito à criptografia. e privacidade. Esse mesmo partido inovou ao aceitar doações por meio de criptomoedas para financiar sua campanha eleitoral mas, segundo o próprio site, não obteve sucesso na arrecadação de fundos. Ao final, são centenas de propostas para atrair o voto em eleições em que nada está garantido, com o Partido Socialista e o Partido Social Democrata na liderança em um panorama que indica que seguramente será necessário concordar em formar um Governo . EFE cch/mar/fp (foto)
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