Eric Pirard nos lembra que a Bélgica não tem depósitos de lítio. Por outro lado, não falta potencial à Europa. O lítio está presente em lagos salgados na forma de salmoura ou em rocha. E este especialista a insistir: “São duas formas de exploração muito diferentes. Quanto à exploração da salmoura. A ideia que se passa é que consomem muita água. Na realidade, a salmoura é uma água com alta salinidade. É apenas evaporada para recuperar o lítio. Então não usamos água. Pelo contrário, purificamos a água.”
Segundo este especialista, não haveria, portanto, grandes problemas de poluição na exploração do lítio, ao contrário, por exemplo, da exploração do cobre.
Se de fato existem depósitos significativos de lítio na Europa: em Portugal, Espanha, Sérvia, Grã-Bretanha, Finlândia. Há também um depósito na Alemanha. Esse depósito, chamado Vulcan, possibilitaria combinar energia geotérmica e mineração de minério. Eric Pirard nos explica: “Vamos procurar água muito quente a cerca de dois quilômetros no subsolo. Subindo essas águas, temos calor e ao mesmo tempo podemos extrair lítio dessa água muito quente. A Vulcan já assinou com a maioria dos principais carros europeus fabricantes.”
Um grande depósito de lítio também é encontrado na Sérvia. Foi objeto de muitas explorações preliminares, de modo que sua exploração acabou sendo recusada pelo governo sérvio.
Mais uma vez, a extração mineral na Europa é mais do que nunca confrontada com o efeito Nimby (não no meu quintal).
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