A invasão russa da Ucrânia foi acompanhada por um aumento do sentimento anti-russo na Europa Central e Oriental e incidentes foram relatados em vários países, mas as acusações e insultos são direcionados principalmente ao presidente Vladimir Putin e não à nação russa.
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Durante as manifestações em Varsóvia (Polônia) contra a guerra na Ucrânia, os jornalistas da AFP observaram sobretudo slogans e faixas dirigidas ao presidente Putin, frequentemente comparados a Hitler ou enfeitados com seu bigode.
O líder russo é alvo do mesmo tratamento na Alemanha, Áustria ou República Tcheca, onde florescem os slogans em inglêsPare a guerra, pare Putin” Onde “Foda-se Putin“. Na Alemanha, a mídia registrou alguns incidentes: na Renânia do Norte-Vestfália (oeste), a frente de uma loja que vendia produtos russos foi esmagada e coberta de pichações, um restaurante não quis receber clientes russos na região de Baden- Württemberg (sudoeste) e em Munique (sul), um médico recusou pacientes russos.
Na República Checa, país que guarda a memória da intervenção das tropas de Moscovo em 1968 para esmagar a Primavera de Praga, os meios de comunicação social noticiam casos de insultos de alunos russos nas escolas primárias e secundárias.
Na Geórgia, alguns se recusam a alugar moradia “aos agressores, russos e bielorrussos‘, pichações anti-russas apareceram nas ruas e uma petição está circulando exigindo a introdução de vistos para cidadãos russos.
Na Lituânia, a ministra do Interior, Agne Bilotaite, foi na terça-feira encontrar a comunidade russa no porto de Klaipeda, onde um padre ortodoxo lhe disse que seu rebanho, especialmente os idosos que não falam lituano, “estavam com medo».
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