Partes de Espanha e Portugal nunca estiveram tão secas em 1000 anos

Portugal, que sofreu um agravamento da seca no mês passado, será afetado a partir de sexta-feira por uma onda de calor que levou as autoridades a se precaverem contra o risco de incêndios florestais.

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“O governo emitirá um comunicado de alerta destinado a limitar qualquer atividade que possa colocar as populações em perigo”, disse o ministro do Interior, José Luis Carneiro, na quinta-feira, após uma reunião com autoridades importantes. proteção Civil.

Este nível de alerta, em vigor até ao final da próxima semana, deve também permitir “a mobilização dos meios necessários ao esforço que os próximos dias exigirão”, acrescentou.

Até à noite de quinta-feira, cerca de mil bombeiros tentavam apagar três grandes incêndios ocorridos durante o dia no centro e norte do país, nos distritos de Santarém, Aveiro e Guarda.

O instituto meteorológico português prevê pelo menos até à próxima quinta-feira “tempo quente persistente, que deverá provocar uma vaga de calor em muitas regiões”.

Nas regiões mais afastadas da costa, no sul do país e nos vales do Tejo e Douro, as temperaturas vão ultrapassar os 40 graus Celsius a partir de sexta-feira, chegando por vezes aos 42 graus, adianta o IPMA em comunicado. comunicado.

“Prevemos uma onda de calor com temperaturas bem acima da média e por um período bastante prolongado”, disse à AFP Jorge Ponte, meteorologista do IPMA, indicando que “certos recordes poderão ser quebrados” no início da próxima semana.

Esta onda de calor atingirá um país onde a seca observada desde este inverno se agravou ainda mais no mês passado.

De acordo com o boletim climático mensal divulgado quinta-feira pelo instituto meteorológico, 28,4% do território português encontrava-se em situação de “seca extrema” no final de junho, contra 1,4% um mês antes.

Áreas de Portugal e da vizinha Espanha não estão tão secas há um milénio, pois o Alto dos Açores se transforma sob o efeito das alterações climáticas, de acordo com um estudo publicado segunda-feira pela revista científica Nature Geoscience.

Marco Soares

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