A classificação europeia para o próximo Mundial chega aos seus dois últimos dias com apenas Alemanha e Dinamarca classificadas e algumas grandes equipas em apuros, não só a Espanha. Na próxima terça-feira haverá mais oito classificados e serão conhecidas as 12 equipas que vão disputar os playoffs, 10 segundos classificados dos grupos e duas equipas da Liga das Nações. Essas dezenas de equipes serão divididas em seis semifinais e depois três finais, sempre em uma única partida, da qual sairá o último trio de eliminatórias europeias.
Os problemas passam por bairros. A vice-campeã do mundo, a Croácia, pode cair para os playoffs. O ingresso direto contra a Rússia será disputado no próximo domingo em Split. Ambas as equipes devem primeiro resolver os procedimentos para esta quarta-feira contra Chipre e Malta. Se não houver surpresas, em terreno croata a equipa comandada por Valery Karpin vale um empate para conseguir o passe direto.
A campeã europeia Itália revive agora o pesadelo de quatro anos atrás, quando foi derrotada pela Suécia e ficou de fora da primeira Copa do Mundo em 60 anos. Na quinta-feira, eles jogam uma final contra a Suíça (empatada com 14 pontos) em Roma, onde goleou a Suíça no último Campeonato Europeu. Será um compromisso marcado por faltas. Immobile, Chiellini, Zaniolo e Pellegrini não poderão estar na lista de Mancini. Barella está em dúvida. Mas os suíços não poderão contar com Embolo, Elvedi, Zuber, Xhaka e Seferovic. Quem vencer estará virtualmente na Copa do Mundo, mas um empate pode adiar tudo para segunda-feira e uma olhada no golaverageem que a Itália comanda agora com dois gols de vantagem.
Portugal também corre perigo, mas tem o passe nas mãos. Se marcar pontos a caminho de Dublin frente a uma Irlanda já eliminada, o grupo de Cristiano Ronaldo valeria um segundo empate na decisão frente à Sérvia, em Lisboa. Bernardo Silva não estará no primeiro jogo e é dúvida para o final contra os Balcãs devido a problemas musculares.
Mais simples são as contas da França. Se vencer o Cazaquistão em Saint-Denis, estará na Copa do Mundo de 2022. Ele terá que fazer isso sem Pogba, lesionado. Na esteira dos gauleses, Ucrânia, Finlândia e Bósnia, que se enfrentam na sexta-feira em um duelo decisivo em Zenica, disputarão uma vaga nos playoffs. Os ucranianos são os únicos que não dependem de si mesmos.
A Bélgica está em uma situação semelhante à dos gauleses: se vencer neste sábado contra a Estônia em Bruxelas, terá garantido seu lugar em um grupo em que o País de Gales pode se beneficiar desse resultado para superar a Bielorrússia e precisa de apenas um ponto contra a equipe eles estão preparando Roberto Martínez para garantir sua presença nos playoffs. A República Checa ficaria para trás.
Em seu grupo, a Inglaterra também está prestes a terminar o trabalho. Para derrubá-los, a Polônia precisa vencer os dois jogos (visita Andorra e a anfitriã Hungria), mas espera que a Inglaterra perca em Wembley contra a Albânia e não consiga uma vitória na última rodada contra San Marino. Os albaneses têm opções complicadas para entrar nos playoffs.
O panorama também ficou esclarecido para a Holanda, que enfrenta um duelo final duplo com uma visita inicial a Montenegro e depois recebe a Noruega, que não pode dispor do lesionado Haaland. Se a equipe liderada por Van Gaal somar quatro pontos, será campeã do grupo. A Noruega pode conseguir tudo ou ficar sem nada, pois a Turquia está à espreita, a apenas dois pontos de distância e com duelos acessíveis contra Gibraltar e Montenegro para, pelo menos, esgueirar-se para os playoffs, caso em que se espera a Escócia, segunda do grupo que já resolveu a Dinamarca. Os escoceses ficariam em segundo lugar com uma vitória na Moldávia na sexta-feira.
No grupo que a Alemanha já eliminou, o play-off fica nas mãos da Romênia, que precisa de duas vitórias contra as eliminadas Islândia e Liechtenstein para deixar para trás Macedônia do Norte e Armênia, que com Joaquín Caparrós na frente precisa de um tropeço romeno e vencer contra a Alemanha em Yerevan.
Sem pressa para o invicto Brasil e Argentina
As notas do continente americano não têm os dois grandes em perigo. O Brasil lidera com 10 vitórias e um empate em 11 jogos e espera fechar o passe nesta janela, após o que faltam quatro jogos para disputar. A Argentina também tem uma almofada confortável, embora enfrente duas provas exigentes, contra Uruguai e Brasil. Os quatro primeiros são classificados diretamente e o quinto joga um playoff.
Mais ao norte, a irrupção do Canadá alterou o ecossistema da Concacaf, que distribui três ingressos diretos e uma vaga nos playoffs da nova final octogonal. México e Estados Unidos lideram e o Canadá pode se confirmar como terceiro se vencer a Costa Rica.
Nas restantes zonas, a exigente classificação africana deixará a Costa do Marfim ou Camarões na vala neste momento, que se cruzarão antes das eliminatórias finais, às quais um deles não chegará. E na Ásia, o Japão está com problemas.
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