Nove policiais do esquadrão do crime noturno são processados ​​por assédio moral e insultos racistas

Os fatos foram constatados por uma investigação do IGPN, aberta em outubro de 2018, então revelada por Leste Republicano. Uma investigação que trouxe à luz repetidos “atos de assédio” cometidos entre 2015 e 2018, que levaram ao “isolamento” de vários policiais, indica o relatório datado de dezembro de 2019. Consequências, nove policiais do Esquadrão Anticrime ( BAC) à noite Nancy compareceu ao tribunal nesta quinta e sexta-feira por assédio moral e insultos racistas contra quatro de seus ex-colegas, incluindo seu chefe.

De acordo com este documento condenável, todos os quatro denunciantes “referiram comentários ou descreveram comportamentos repetidos com o objetivo de excluí-los” do serviço. Atitudes que levaram também a “uma deterioração das suas condições de trabalho” e sobretudo “uma alteração da sua saúde física e moral”. Um dos denunciantes, de origem norte-africana, também apresentou queixa por insultos racistas não públicos, além de assédio moral.

Poucos meses após a sua chegada em abril de 2017, outros membros da unidade criaram um grupo de discussão no Messenger e trocaram “frases insultuosas com conotação racista”, chamando-o em particular de “bico” ou “bougnoule”, observa a reportagem. Acusações varridas pelos arguidos, um deles chegando mesmo a afirmar perante o IGPN que “bico” é uma palavra… portuguesa.

Um policial registra as trocas

Finalmente, foi um policial do BAC à noite que, presenciando as ações de seus companheiros, decidiu falar com seus superiores sobre o assunto, levando à abertura do inquérito policial em 2018. Fazendo parte do grupo de discussão do Messenger, ele havia gravado as trocas, que seu chefe de departamento havia então compilado. Segundo o IGPN, o depoimento deste polícia “corroborou todas as acusações feitas pelos denunciantes”. Explicou, assim, que o objetivo dos arguidos era empurrar as vítimas “para a saída, exercendo sobre elas uma pressão psicológica, para que saiam por conta própria” do serviço. “Quando você é assediado dessa maneira, é bom ver que a justiça está presente, esperamos que haja uma conscientização”, observa Maître Frédéric Berna, advogado dos quatro queixosos. Seus clientes, ainda na polícia, foram todos embora desde o BAC à noite.

Os advogados de defesa se recusaram a fazer uma declaração antes do julgamento. Os nove réus foram ao conselho disciplinar em outubro passado: ele havia proposto quatro radiações, um rebaixamento e quatro exclusões temporárias. As sanções devem ser notificadas em breve, segundo fonte familiarizada com o assunto. Um décimo policial da noite BAC é entretanto enviado de volta ao tribunal apenas por “cumplicidade na quebra do sigilo da correspondência”.

Chico Braga

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