Mais de 150 atividades de sensibilização para o problema das espécies invasoras

Várias cidades de Espanha e Portugal vão acolher mais de 150 atividades de 21 a 29 de maio para sensibilizar a população para o problema das espécies exóticas invasoras (IAS), uma das maiores ameaças à biodiversidade e com grande impacto económico e ambiental. Saúde humana.

As atividades, que também terão sua versão online, fazem parte do II Semana de Espécies Invasoras (SEI)organizado pela Rede Portuguesa para o Estudo e Gestão de Espécies Invasoras-Rede InvECO, a Plataforma Invasoras.pt e os projetos Life STOP Cortaderia, através SEO/BirdLifeS Vida Invasaqua.

“As espécies exóticas invasoras são uma das maiores ameaças à conservação da biodiversidade do planeta, além de produzirem impactos econômicos e sanitários significativos. Apesar de tudo, tanto eles quanto seus impactos e as formas de preveni-los permanecem pouco conhecidos pela sociedade”, destacaram os organizadores em comunicado.

Para acabar com esta situação, foram agendadas jornadas de voluntariado, palestras informativas, ações de gestão ou percursos interpretativos em colaboração com mais de 130 entidades, entre câmaras municipais, centros de investigação, ONG, universidades, empresas, centros educativos e museus, entre outras. . .
O programa de atividades pode ser consultado em: https://www.speco.pt/pt/iniciativas/semana-sobre-especies-invasoras-2022

Espanador de penas dos pampas. EFE/SEO/Birdlife

ATIVIDADE HUMANA, CULPADA DE SUA EXPANSÃO

As espécies exóticas invasoras são uma das principais causas da perda de biodiversidade, juntamente com a destruição de habitats, poluição ou exploração direta de espécies, e a sua introdução, intencional ou não, está ligada à atividade humana.

Assim, por exemplo, o transporte de mercadorias por via terrestre ou marítima de um extremo ao outro do planeta é a principal via de entrada do mexilhão zebra, enquanto a caça e a pesca ajudam a difundir espécies como o bagre e a jardinagem de plantas ornamentais como o espanador dos pampas.

Além de afetar a natureza, as IAS produzem impactos econômicos derivados de sua eliminação ou da alteração de atividades como a apicultura, ameaçada pela vespa asiática.

Paralelamente, favorecem a transmissão de doenças ao homem, como a encefalite causada pelo vírus chikungunya, que surgiu na Europa com a chegada do mosquito tigre, ou o parasita baylisascaris, derivado da introdução do guaxinim.

“As espécies exóticas invasoras fazem parte do nosso dia a dia e conhecê-las ajuda a detectá-las precocemente e limitar sua expansão. Eventos como o SEI colocam o foco e dão visibilidade a um problema que está sendo aumentado pelos efeitos da degradação dos ecossistemas e do abandono dos usos tradicionais”, segundo o delegado da SEO/BirdLife na Cantábria, Felipe González.

A colaboração entre entidades portuguesas e espanholas para a organização de eventos de grande envergadura é fundamental e, para fazer face ao problema colocado pelo IAS, é fundamental sensibilizar tanto na prevenção como na gestão, acrescentou o Live Invasaqua, projeto ibérico cofinanciado com fundos europeus e com foco em espécies aquáticas invasoras. EFEverde

Chico Braga

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