Lisboa, 24 Jan (EFE).- O socialista António Costa abriu esta segunda-feira a porta ao diálogo e aos pactos com a esquerda, na reta final da campanha para as eleições legislativas de domingo em Portugal, ao reconhecer que “com certeza” o seu partido é vai ter que falar “com todo mundo”. “Nunca me recusei a falar com o Bloco de Esquerda”, disse hoje o candidato socialista e primeiro-ministro, assegurando que “nunca tivemos nenhuma porta fechada para o Bloco”. A declaração de Costa surge depois de a candidata do BE, Catarina Martins, pedir no domingo ao líder socialista que se sente no dia seguinte às eleições para “trabalhar uma agenda de medidas e metas” para o legislativo, com prioridades em questões como saúde, trabalho e clima. Costa apanhou hoje a luva que Martins lhe atirou, apesar de ter descartado publicamente a retomada da “geringonça” após a rejeição parlamentar do Orçamento de 2022 que expôs a solidão do seu Governo e levou ao avanço eleitoral. No fim de semana, o socialista chegou a exigir um “pedido de desculpas” de Martins por quebrar a “unidade da esquerda” e durante a campanha anunciou que procuraria o animalista PAN para uma nova aliança se necessário, já que não podia confiar nos comunistas. nem SER. O primeiro-ministro virou-se nos últimos dias para reivindicar a maioria absoluta para o PS, mas a sua mensagem parece não ter tido o impacto desejado, a julgar pela sua queda nas sondagens. Os socialistas continuam como favoritos, mas os social-democratas do PSD fecham a lacuna e algumas sondagens falam hoje de um “empate técnico”. Mais de 10,8 milhões de eleitores são convocados às urnas no domingo dia 30 em eleições legislativas adiantadas em plena legislatura devido ao bloqueio dos Orçamentos para 2022. As eleições surpreendem Portugal com picos de infeções sem precedentes e perto de um milhão confinados por a pandemia. EFE mar/cgg/pddp (foto)
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