A revista portuguesa “El Pais Economico” dedicou o seu último número à dinâmica de desenvolvimento que o Reino vive em vários domínios.
No editorial intitulado “Marrocos, uma estrela brilhante em África”, o director da publicação mensal, Jorge Gonçalves Alegria, sublinhou que o “Reino, graças à visão iluminada do rei Mohammed VI, caminha para se tornar um país líder na região em termos de desenvolvimento social, econômico e cultural”.
Marrocos tem adoptado uma panóplia de políticas públicas e reformas para facilitar a concretização de projectos estratégicos de desenvolvimento e modernização das suas infra-estruturas, notou o editorialista, citando, a título de exemplo, o porto de Tânger Med, a alta velocidade e o reforço da rede de auto-estradas.
O Reino apresentou também, há alguns anos, o plano de autonomia em 2007 para pôr fim ao conflito artificial em torno do Sahara marroquino, que conheceu recentemente um crescimento económico e social assinalável, graças aos vários projectos lançados, recordou.
Comprometido com o desenvolvimento sustentável, Marrocos também tem investido fortemente em energias renováveis e feito esforços consideráveis para fortalecer a proteção social, continuou.
Noutra nota, o director da revista elogiou a política externa marroquina e o elevado nível da sua cooperação internacional, nomeadamente com os países africanos, referindo-se ao projecto do gasoduto Marrocos-Nigéria, que deverá ligar África à Europa. .
No que diz respeito às relações luso-marroquinas, a revista indica, noutro artigo, que estes laços, que remontam a mais de seis séculos, continuam a ser fortalecidos por uma parceria estratégica e uma cooperação frutuosa, salientando que estas relações estão chamadas a ser ainda mais consolidadas e desenvolvido.
Está agendada uma reunião de alto nível entre os governos de Portugal e Marrocos, durante a qual a estratégia de aprofundamento da parceria entre os dois países será elevada a um novo superior hierárquico, refere o artigo.
A aproximação entre Rabat e Lisboa é promissora, acredita a revista, lembrando que Marrocos foi, em 2021, o 11.º destino das exportações de mercadorias portuguesas no mundo, sendo o principal destino das empresas portuguesas no continente africano.
Segundo o artigo, novos passos estão sendo dados para fortalecer ainda mais essas relações em todos os níveis, dadas as oportunidades de aprofundar a cooperação política, comercial e de investimentos entre os dois países.
Além disso, a publicação deu especial atenção ao processo do Sahara marroquino, detendo-se num conjunto de factos históricos, que comprovam a legitimidade da causa do Reino.
Desde a época de Youssef Ben Tachafine, ele próprio natural de uma das tribos do Sahara marroquino, até à Dinastia Alaouite, Marrocos continuou a estreitar os seus laços com a população das diferentes regiões do Reino, neste caso no sul províncias, observa a revista.
Marrocos apresenta, há vários anos, perante diversos organismos internacionais, um conjunto de textos comprovativos do efetivo exercício da soberania do Sultão sobre estes territórios do Reino, refere o artigo.
A integridade territorial do Marrocos também foi mencionada em vários tratados e documentos internacionais. No tratado anglo-marroquino assinado a 13 de março de 1895, é reconhecido pelos governos britânico e marroquino que “nenhuma potência pode ter reivindicações sobre os territórios entre Oued Draa e o Cabo Bojador, porque esses territórios fazem parte do Marrocos”, lembra o artigo.
O “El Pais Economico” recordou o processo político, levado a cabo sob a égide da ONU, para resolver este conflito artificial, apesar dos sucessivos obstáculos colocados pelo “polisario”, indicando que Marrocos apresentou em 2007 um plano de autonomia coerente com o direito internacional e o padrões democráticos mais avançados.
A revista destacou ainda o apoio internacional e a dinâmica positiva que a questão do Sahara marroquino tem vivido recentemente, o que se reflete na abertura de cerca de trinta consulados nas províncias do sul.
Este número de 67 páginas traz ainda vários artigos sobre as várias vertentes do desenvolvimento do Reino e entrevistas a investidores portugueses que elogiaram o ambiente de negócios em Marrocos.
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