Separar-se dos indesejáveis ​​e recrutar reforços de qualidade e capazes de se adaptarem ao sistema de Igor Tudor: este foi o objetivo de Pablo Longoria e Javier Ribalta, os dois homens fortes da direção do Marselha. Nesta terça-feira, 31 de janeiro, data de encerramento da janela de transferências de inverno, a missão parece cumprida no que diz respeito aos movimentos na Provença. Gerson (Flamengo), Luis Suarez (pagando empréstimo em Almeria) e Bamba Dieng (Lorient) fizeram as malas; e, na direção oposta, Ruslan Malinovskyi (29) e Azzedine Ounahi (22) chegaram a Marselha.

E, esta terça-feira à noite, o OM concluiu assim o seu “acordo” com a chegada do avançado Vitinha (22) proveniente do Braga. Os Les Ciel et Blanc quebraram o mealheiro e desembolsaram 25 milhões de euros (mais 7 milhões em bónus) para atingir e até ultrapassar a cláusula de rescisão fixada pela instituição portuguesa em 30 milhões de euros. O clube português também vai recuperar 10% de uma revenda do jogador e ainda tem opção de recompra até cerca de 60 milhões de euros. É, portanto, a transferência mais cara da história do OM, à frente de Dimitri Payet (29,3 milhões de euros) e Kevin Strootman (25 milhões de euros).

Segundo várias fontes, o Southampton também estava disposto a pagar esta quantia, mas o jogador formado em Braga preferiu ingressar no OM, que lhe ofereceu por isso um contrato de quatro anos e meio. As alienações de Gerson (15 milhões de euros) e Dieng (8 milhões de euros + 2 milhões de bónus) aliadas a um pagamento escalonado permitiram libertar fundos nas finanças e, por conseguinte, realizar esta operação. À chegada a Marignane, o robusto centroavante (1,83 m) conseguiu encontrar uma dezena de adeptos que o receberam com fogos de artifício e outras canções tradicionalmente cantadas no Vélodrome, antes de passar no exame médico habitual. .

“Molha a camisa”

Após a falha Terem Moffi (formalizada em Nice), a equipa técnica do Marselha debruçou-se rapidamente sobre Vitinha, conforme noticiámos no domingo, dia 29 de janeiro, pelo seu nome completo Vítor Manuel Carvalho Oliveira. Formado no SC Braga, o natural de Cabeceiras de Basto vive apenas a segunda época como profissional. Com um bom remate, habilidoso tecnicamente e capaz de repetir esforços, é considerado uma das maiores esperanças portuguesas. “É um jogador agressivo com facilidade na frente da baliza. Encaixa-se bem no perfil dos adeptos do Marselha: molha a camisola, é intenso, dinâmico e contundente”, explica Carlos Freitas, antigo diretor de futebol do SC Braga.

“Ele é atípico em relação ao perfil clássico português. Ele é um atacante de ponta capaz de jogar sozinho ou em duplas. Nas últimas temporadas, ele jogou com outro jogador ao lado dele. Ele emergiu das sombras nos últimos dezoito meses e tem evoluído constantemente desde então. É um bom investimento para OM. »

“Às portas da Seleção”

Internacional Luso Sub-21 (5 seleções), Vitinha nunca foi convocado para o A. Selecionado para o Mundial do Catar, ele representa o futuro do ataque da Seleção ao lado de Gonçalo Ramos. Suas estatísticas são interessantes a esse respeito: nesta temporada, Vitinha marcou 13 gols e deu 5 assistências em 27 jogos em todas as competições. No ano passado, ele havia marcado 14 vezes e distribuído 4 assistências em 38 jogos. “Ele já tem experiência na Copa da Europa, porque disputou a Liga Europa duas temporadas seguidas. Está à porta da seleção”, testemunha Carlos Freitas.

Sua chegada deve permitir que Alexis Sanchez evolua mais baixo no terreno. “Depende do tipo de jogador que vai chegar. Se for um ponto fixo, não será o mesmo que se for um jogador mais móvel que pode jogar em outras posições. Veremos se é possível fazê-los jogar juntos”, disse Igor Tudor na tarde desta terça-feira, que, portanto, descobrirá em breve o seu novo reforço ofensivo.