O Marrocos eliminou a Espanha nos pênaltis (0 a 0) na terça-feira para garantir a si mesmo uma histórica quartas de final da Copa do Mundo de 2022, onde enfrentará Portugal, que eliminou a Suíça (6 a 1) e demonstrou que pode haver vida e alegria sem Cristiano Ronaldo.
O Marrocos eliminou a Espanha nos pênaltis (0 a 0) na terça-feira para garantir a si mesmo uma histórica quartas de final da Copa do Mundo de 2022, onde enfrentará Portugal, que eliminou a Suíça (6 a 1) e demonstrou que pode haver vida e alegria sem Cristiano Ronaldo.
As duas seleções, que se enfrentam no sábado, são as únicas do Top 8 que nunca chegaram à final de uma Copa do Mundo. Inglaterra – França também no domingo, e na véspera, Holanda – Argentina e Croácia – Brasil completam a mesa final.
Ao deixar a Espanha, o Marrocos, entusiasmado desde o início do torneio, evita a repetição dos cenários de 2018 ou 2006, quando as quartas de final se transformaram em duelo entre Europa e América do Sul.
Este triunfo vai acalmar os velhos demónios dos mais antigos adeptos marroquinos e o trauma da eliminação na mesma fase da competição em 1986, numa cobrança de falta à distância do alemão Lothar Matthäus logo ao final da partida.
Desta vez, foi Pablo Sarabia quem poderia ter assumido o papel de carrasco, mas sua recuperação no poste mais distante nos últimos momentos errou o alvo com um suspiro, acariciando a trave do goleiro Yassine Bounou, vulgo “Bono”.
No desempate por grandes penalidades, o guarda-redes do Sevilla FC travou os dois remates de Carlos Soler e Sergio Busquets, enquanto Sarabia, o primeiro marcador, tocou no poste.
“Os penáltis são um pouco de intuição, um pouco de sorte”, explicou o guarda-redes após o jogo, homenageando os companheiros que “fizeram o trabalho” durante 120 minutos.
– Primeiro hat-trick –
Se há outro que tem “feito o trabalho”, é Gonçalo Ramos. Antes deste encontro, o jovem avançado do Benfica Lisboa tinha acumulado… 30 minutos de jogo na seleção.
No entanto, foi ele que o treinador Fernando Ramos escolheu para substituir Cristiano Ronaldo, uma lenda decididamente finalista, pouco convincente na fase de grupos.
Uma escolha que, sem dúvida, teria sido duramente censurada a ele em caso de fracasso contra uma Suíça até então sólida. Mas o hat-trick de Ramos (o primeiro do torneio) e a fluidez do jogo português sem o ídolo, dão-lhe uma brilhante razão.
Entrando no jogo no lugar do jovem companheiro, Ronaldo, de 37 anos, recuperou de imediato a braçadeira, estendida por Pepe, para a 195ª selecção a um título mundial que sem dúvida igualará frente a Marrocos.
Mas será, sem dúvida, um dos últimos que juntará à sua longa coleção, pois este Mundial assume cada vez mais o ar do fim de uma era para Portugal e o início do crepúsculo de “CR7”, cujo golo foi logicamente anulado por impedimento.
– Notícias de Pelé –
O que não é uma notícia tão terrível quanto os torcedores portugueses poderiam ter pensado há algumas semanas, já que seu time brilhou sem precisar daquele que reinou por tanto tempo na Seleção.
Além de uma coroação suprema, o desafio para o pentacampeão da Bola de Ouro, campeão europeu de 2016, é agora conseguir a saída com Portugal após o fiasco da sua segunda passagem pelo Manchester United. Enquanto espera, talvez, ceder às lucrativas sirenes de al-Nassr com quem, segundo dirigentes do clube saudita, iniciou negociações.
Já a Suíça está saindo da competição pela quarta vez nesta fase, depois de 2006, 2014 e 2018… Não volta às quartas de final desde a Copa do Mundo de 1954, quando o torneio recebeu dezesseis seleções.
Em um dia de descontração no dia seguinte à fácil classificação contra a Coreia do Sul (4 a 1), os brasileiros receberam notícias tranquilizadoras de Pelé, que luta contra um câncer de cólon e cujo estado de saúde “melhora gradativamente”, segundo seu hospital.
Por Nicolas GAUDICHET / Doha (AFP) / © 2022 AFP
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