Telaqua: a start-up óbvia

Em um momento em que a água está se tornando cada vez mais escassa, a Telaqua oferece aos agricultores softwares com sensores para monitorar e regular melhor o consumo de água.

Problema global

Fundada em 2018 por Sébastien Demech, Nicolas Cavalier e Nicolas Carvallo, a Telaqua visa apoiar o setor agrícola que consome 70% dos recursos de água doce explorados. Um agricultor que irriga sua terra utiliza em média 12.000 metros cúbicos por hectare anualmente: a empresa estima que pode reduzir esse volume para 4.000 metros cúbicos. Uma melhor gestão do recurso utilizado pouparia à cidade de Paris o equivalente a cinco anos de consumo de água. Para Sébastien Demech, cofundador e CEO da Telaqua, a missão da empresa é simples: “Os agricultores precisam receber as ferramentas certas para irrigar melhor seus campos.

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Roxanne Fourcaudot, gerente de projetos AgriTech da Compagnie des Amandes, empresa parceira, resume bem o conceito da start-up: “Com o Telaqua podemos monitorar o consumo de água em tempo real, mas também programar as irrigações para os agricultores de forma antecipada e remota.“Graças à inteligência artificial em combinação com sensores, a empresa mede continuamente a pressão e a qualidade da irrigação. Além disso, o aplicativo IrrigEasy avisa os agricultores no caso de um evento inesperado, mau funcionamento ou uso indevido. A chave é economizar tempo, mas também dinheiro , graças à redução dos custos de eletricidade necessários para bombear a água.

Desenvolvimento Internacional e Tecnológico

A Telaqua tem agora vinte funcionários em todo o mundo e está localizada na França, mas também na Espanha e Portugal, bem como na África e na América Latina. Sébastien Démech não esconde sua ambição:”O objetivo é tornar-se um dos líderes mundiais em gestão agrícola.Anunciada a 11 de Maio, a angariação de 4 milhões de euros deverá permitir à start-up continuar os seus trabalhos de investigação e desenvolvimento, bem como a sua implantação comercial em novos países.A estrutura visa também diversificar as funções disponíveis, mantendo a facilidade de uso de sua plataforma. Para Nicolas Cavalier, “o desafio é industrializar a produção de sensores e toda a logística“, um bom caminho para a start-up, que quer irrigar o mundo com suas inovações.

Emile Le Scel

Chico Braga

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