Brasil x Sérvia 2 a 0: o fogo derreteu o gelo
Poucas horas depois da vitória da Suíça sobre Camarões (1 a 0), a segunda partida do grupo G, entre Brasil e Sérvia, foi de fogo e gelo. E depois de uma hora de suspense químico, o gelo finalmente derreteu e o Brasil venceu por 2 a 0.
No papel, foi sem dúvida um dos mais belos cartazes da primeira fase do Mundial, no mais impressionante dos estádios – o Lusail, a sua arquitetura futurista, os seus 80.000 lugares sentados (e os seus… 88.000 espectadores anunciados). O público majoritariamente brasileiro também garantiu desde o início um dos mais belos ambientes vividos desde o início do torneio.
Mas dentro de campo, demorou para o jogo ganhar vida. A versão Catar 2022 do Brasil é uma máquina de ataque, com cinco em cada dez jogadores de linha inclinados para a ofensiva. O técnico Tite alinha um 4-3-3, mas é no meio “3” que encontramos Neymar, diga-se de passagem. Claro, a Sérvia estava bem ciente disso e estava preparada para defender. Ela fez isso muito bem, com muita precisão técnica, muita compostura e vice o suficiente para irritar o adversário. Por uma hora, o fogo mal sobreviveu.
Mas aos 62, logo após acertar a trave de Vanja Milinkovic-Savic, Vinicius Junior desbloqueou a situação ao acertar forte no goleiro sérvio, que só conseguiu mandar Richarlison para os pés. Estava 1-0 e os sérvios iam ter de se desnudar para ter alguma esperança. Infelizmente, foi o atacante do Tottenham que pôde pagar uma dobradinha com uma tesoura magnífica. A temperatura no Estádio Lusail estava subindo alguns graus e agora estava claro que o gelo não iria aguentar.
O que se seguiu foi uma sucessão de dribles e chances, chamas circulando a gaiola de uma valente Vanja Milinkovic-Savic. A Suíça, que enfrenta o Brasil na segunda-feira, já sabe exatamente o que esperar: um time de futebol fogoso. Tudo o que você precisa fazer é encontrar uma maneira de desligá-lo.
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