Quais são as obrigações do empregador face ao calor extremo e/ou em caso de onda de calor?
Atualização sobre a obrigação de segurança do empregador
Em princípio, o empregador deve tomar todas as medidas necessárias para Garanta a segurança E proteger a saúde física mas também mental trabalhadores, nomeadamente através (1) :
- do ações de prevenção riscos profissionais;
- do ações de informação e formação ;
- o estabelecimento de um organização e meios apropriados.
Estas medidas devem estar sujeitas a adaptações dependendo das circunstâncias, e visando melhorar as situações existentes.
Por exemplo, no instalações fechadas onde os trabalhadores são obrigados a permanecer, o ar se renova para garantir a pureza do ar e evitar o aumento da temperatura e também a condensação (2).
Além disso, no setor de construção e engenharia civila lei prevê que os trabalhadores devem ter um local permitir o seu acolhimento em condições susceptíveis de preservar a sua saúde e segurança em caso de emergência. condições do tempo susceptíveis de os prejudicar, ou desenvolvimentos locais que os garantam em condições equivalentes (3).
Se estas medidas não forem suficientes para garantir a saúde do trabalhador, este poderá, se desejar e estiverem reunidas todas as condições, exercer a sua direito de retirada.
Temperaturas extremas: o colaborador pode exercer o seu direito de rescisão?
Para constar, o Código do Trabalho prevê que o trabalhador que tenha causa razoável pensar que a sua situação de trabalho apresenta um perigo grave e iminente para a sua vida ou saúde pode, sem acção efectiva por parte do empregador, exercer o seu direito de rescisão (5).
Na prática, porém, o exercício deste direito de rescisão não é necessariamente fácil: para ser exercido de forma válida, requer o evidência de uma situação de perigo iminente e grave, cuja concretização pode ser complexa.
Além disso, o empregador pode obter a requalificação do exercício do seu direito de rescisão por parte de um trabalhador através de erro se ele provar Abuso. Como tal, pode demorar um sanção disciplinar (lay-off, advertência, etc.), ou mesmo iniciar um procedimento de demissão.
Aquecimento global: quais profissões correm maior risco?
O aquecimento globalque se instala de forma duradoura e progressiva, dá origem a episódios de ondas de calor e de calor extremo duradouro, que não deixam de existir consequências nas condições diárias de trabalho.
De profissionais mais expostos expostos ao calor extremo devido ao seu trabalho incluem agricultores, horticultores, madeireiros, viticultores, apanhadores de uvas, trabalhadores da construção civil, etc.
A articulação de manutenção do exercício dessas profissões com a gestão de novas restrições ligada ao clima, especialmente no verão, parece configurar-se como uma desafio prioritário para os próximos anos.
Para alguns, isso requer um adaptação de regulamentos legais.
Ondas de calor e Código do Trabalho: a regulamentação deve evoluir?
Levantam-se vozes para exigir um ajustamento do Código do Trabalho devido a esta nova configuração climática.
Entre as propostas feitas nesse sentido estão a estabelecimento de limites regulatórios acima do qual qualquer funcionário teria o direito de exercer validamente o seu direito de rescisão.
Embora alguns países, como Portugal, estabeleçam valores precisos da temperatura máxima do ar, esta medida permanece, no entanto, questionável, nomeadamente porque problemas de saúde pode aparecer abaixo dos limites estabelecido por lei.
Também mencionado:
- a possibilidade interromper temporariamente atividade em caso de alerta vermelho;
- A implementação de rompe adicional;
- o estabelecimento de um compensação trabalhadores cuja profissão é temporariamente impossibilitada devido ao calor extremo (como na construção, por exemplo), como a Alemanha;
- uso generalizado de teletrabalho em alguns casos ;
- o estabelecimento horários adaptados ;
- aplicação de padrões térmicos mais restritivo para edifícios;
- etc.
Alguns sindicatos também estão exigindo negociação das condições de trabalho ao nível de cada ramo profissionalde forma a evitar a implementação de medidas gerais que não tenham em conta as especificidades específicas de cada uma delas.
Assim, a Confederação Geral do Trabalho (CGT) publicou, em 26 de julho de 2023, um comunicado exigindo mudanças regulatórias e a abertura de negociações relacionadas ao calor elevado e às condições de trabalho (6).
Referências :
(1 item L4121-1 do Código do Trabalho
(2) Artigo R4222-1 do Código do Trabalho
(3) Artigo R4534-142-1 do Código do Trabalho
(4) Artigo L4161-1 do Código do Trabalho
(5) Artigo L4131-1 do Código do Trabalho
(6) Comunicado de imprensa da CGT datada de 26 de julho de 2023
(7) Proposta de lei que visa adaptar o código do trabalho às consequências do aquecimento global, n. 1587
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