De acordo com as últimas previsões da Euractiv, os socialistas portugueses continuam a perder terreno antes das eleições nacionais de 10 de março. Embora a oposição de centro-direita, que lidera as sondagens, necessite do fortalecimento da extrema-direita para governar, uma coligação poderia ser formada contra esta última.
A investigação de corrupção que levou à demissão do ex-primeiro-ministro António Costa acelerou a queda livre dos socialistas (Partido Socialista/PS, Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas/S&D) desde as eleições nacionais de 2022, conquistando na altura 41,2% alcançados. . da votação, antes de cair para 29% em Outubro passado e para 25,1% após a eclosão do escândalo em Novembro.
O Partido Social Democrata (PSD), um partido de oposição de centro-direita, lidera as sondagens com 27% e ganhando 1% desde que rebentou o escândalo. No entanto, ele precisaria de todas as forças de direita, incluindo a extrema direita, para alcançar a maioria.
O partido de extrema-direita Chega! (Chega!), considerado um “grupo de ódio” de uma ONG líder, é o que mais beneficia com a queda dos Socialistas, passando de 13,7% em Outubro para 17,1% nas projecções de Novembro.
A 12 de novembro, o líder do PSD de centro-direita, Luís Montenegro, declarou que não formaria coligação com o Chega e só governaria se ganhasse as eleições legislativas.
“Venho para ganhar as eleições e governar o país, e já disse que só governarei se ganhar as eleições”disse Montenegro à imprensa.
No entanto, o PSD celebrou uma aliança parlamentar regional com o Chega em 2020, na sequência das eleições regionais nos Açores. A aliança ruiu pouco depois devido a divergências sobre o orçamento regional.
Coalizões dependem da liderança socialista
A demissão de Costa deixou vago o cargo de secretário-geral dos socialistas e possíveis coligações dependerão de quem ocupará o cargo.
O Ministro do Interior, José Luis Carneiro, um candidato moderado, foi o primeiro a anunciar oficialmente a sua candidatura em 11 de Novembro.
Ele anunciado recentemente que apoiaria um governo minoritário de oposição (PSD) para deixar o Chega fora do governo. A liderança de Carneiro poderá levar a uma grande coligação, o ‘Bloco Central’, entre os Socialistas (PS) e o centro-direita (PSD), sugere Julien Mathias, da Europa Eleita.
Outro candidato, considerado favorito, é o ex-ministro das Infraestruturas Pedro Nuno Santos, que vem da facção de esquerda do partido e foi um forte apoiante da solução ‘Geringonça’ em 2015, nomeadamente um governo do PS com partidas individuais com ligações. o partido BE (Blok de Esquerda), o partido verde PEV (partido ecológico “Os Verdes”) e o partido comunista (PCP).
Desta vez, porém, uma maioria de esquerda parece improvável, mas a campanha ainda não começou.
O partido de esquerda BE recebe atualmente 9,4% dos votos, enquanto a CDU (Coligação Democrática Unida) de esquerda recebe 3,5%. Os partidos verdes PAN (Pessoas – Animais – Natureza) e Boek (Livre) obtiveram 2,9% e 3,2% dos votos respetivamente.
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