O ex-diretor esportivo parisiense volta a Paris para cuidar da parte comercial das transferências e tem como principal missão tirar os indesejáveis. Ele também resolve algumas questões quentes em outros andares do clube.
Desde que deixou o PSG no verão de 2019, Antero Henrique nunca perdeu de vista o clube da capital e seus donos do Catar. Antes de regressar aos assuntos parisienses, o português foi nomeado em março como diretor desportivo da Qatar Stars League com a missão de negociar as saídas e chegadas de jogadores.
Mas por várias semanas seu nome voltou ao noticiário do PSG. Primeiro na extensão de Kylian Mbappé, onde seu papel como o de Luis Ferrer, foi predominante antes de ser associado um pouco mais de perto com os assuntos internos do clube. Como consultor externo mandatado para realizar as vendas de indesejáveis no novo projeto parisiense. Mas também outros projetos.
Primeiro, há a parte de negociação do contrato. É neste ponto que o ex-DS do PSG interveio na chegada de Vitinha. Idem para Christophe Galtier, cuja formalização na bancada parisiense não deve demorar mais. Isso não impede que Campos, que o conhece desde os anos juntos no Porto, mas com quem as relações são sobretudo profissionais, esteja presente nas discussões.
Para não perder
Entre o novo assessor esportivo de Paris, que continua sendo o arquiteto do projeto, e Henrique, a distribuição de tarefas é clara. O primeiro com todo o poder de traçar os contornos da primeira equipa e a integração de um jovem do centro no quadro profissional não pode ser feita sem a sua aprovação. Foi o caso de Ayman Kari, cuja formalização poderá ocorrer no início da próxima semana.
Duas em cada três missões cumpridas para meninas
A segunda cuida da parte comercial para os jogadores que chegam e que saem. Mas seu papel se estende a outros andares do clube: é mesmo o ex-monegasco que escolheu acabar com a aventura de Mauricio Pochettino, mas foi Henrique quem o anunciou.
Este último também pilotou a constituição do novo organograma do PSG feminino, nomeando um novo diretor esportivo, Angelo Castellazzi, que substituirá Ulrich Ramé, e uma coordenadora esportiva na pessoa de Sabrina Delannoy, ela mesma ex-jogadora do clube.
Mas entre as meninas sua missão, que permanece temporária, não parou por aí. O ex-diretor esportivo parisiense também foi nomeado por Nasser Al-Khelaïfi para gerenciar os arquivos Marie-Antoinette Katoto e Kheira Hamraoui, cujas soluções ainda estão em estudo. E em relação ao atacante internacional, ele pilotou pessoalmente o arquivo e pôde agir com total liberdade para mudar sua posição para uma extensão de três anos.
Essa tomada de posse dos arquivos também existe para as negociações do primeiro contrato profissional. Uma área em que ele se destacou durante sua primeira visita. Para obter a assinatura de Ayman Kari, ele retomou o contato via Yohan Cabaye antes de se envolver pessoalmente nas negociações com “pragmatismo e precisão”, explica um parente do jogador.
Mas aí novamente, se Henrique conseguiu garantir um lugar no grupo profissional parisiense, no titi de ouro, é porque teve o aval de Luis Campos. O que este último não concede a Wilson Odobert (jovem atacante no final do contrato aspirante), agora livre para cometer onde quiser.
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