Presidente português dissolve Parlamento e convoca eleições | Mundo

O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, assinou hoje o decreto que dissolve oficialmente o Parlamento e convoca eleições antecipadas para 30 de janeiro, conforme havia comunicado anteriormente ao país.

A assinatura do decreto foi anunciada pela Presidência em comunicado, um mês depois de o chefe de Estado ter comunicado ao país que convocaria eleições gerais para 30 de janeiro.

Rebelo de Sousa esperou o prazo estabelecido por lei para dissolver o Parlamento, que terminou este domingo, para dar à Câmara tempo para processar o maior número possível de iniciativas legislativas que estavam pendentes, como a lei da eutanásia – que mais tarde acabou com o veto – ou anti – medidas de corrupção.

A dissolução do Parlamento ocorre depois de o Orçamento para 2022 apresentado pelo governo socialista de António Costa ter sido rejeitado na Câmara no final de novembro, com os votos contra os seus antigos parceiros de esquerda -comunistas e Bloco- e toda a direita.

Diante dessa situação, o presidente decidiu que convocar eleições seria a melhor solução para sair do bloqueio, que ocorreu bem no meio da legislatura.

“Faz parte da própria vida da democracia devolver a palavra ao povo”, disse Rebelo de Sousa a 4 de novembro, quando informou o país de que haveria eleições.

A ida às urnas está marcada para 30 de janeiro, para que a campanha eleitoral não coincida com o período natalino.

O Partido Socialista de Costa, que voltará a ser primeiro-ministro, é o favorito nas pesquisas, que, no entanto, preveem que ninguém terá maioria absoluta e será necessário negociar.

Costa é Primeiro-Ministro desde 2015, altura em que chegou ao Governo apesar de os socialistas não terem sido o partido mais votado – o PSD (centro-direita) -, graças a acordos parlamentares com os partidos de esquerda que lhe permitiram para suportar os quatro anos de legislatura.

Em 2019, os socialistas venceram nas urnas, mas ficaram oito deputados da maioria absoluta e Costa decidiu governar sozinho, sem acordos, negociando medida a medida, estratégia que se esgotou dois anos depois.

Chico Braga

"Web enthusiast. Communicator. Annoyingly humble beer ninja. Typical social media evangelist. alcohol aficionado"

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *