Lisboa (awp/afp) – O presidente e o director-geral da TAP Air Portugal foram despedidos devido à polémica em torno do pagamento de indemnizações por despedimento a um ex-executivo, anunciou esta segunda-feira o governo português.
A saída do presidente da TAP, Manuel Beja, e da sua directora-geral, a francesa Christine Ourmières-Widener, surge num momento em que a companhia aérea pública está sujeita a um grande plano de reestruturação e o Governo pretende reprivatizá-la.
Ambos são substituídos pelo português Luis Rodrigues, que até agora dirigia a empresa regional do arquipélago dos Açores SATA.
“É preciso restabelecer a legalidade” e “virar a página”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Medina, em entrevista coletiva ao lado do ministro da Infraestrutura, João Galamba, que compartilham a responsabilidade pela companhia aérea.
A decisão resulta de uma investigação da Inspeção-Geral das Finanças que concluiu pela ilegalidade do acordo relativo à saída de Alexandra Reis do conselho de administração da TAP em fevereiro de 2022.
O gabinete vai assim pedir à TAP que reclame parte da indemnização recebida de 500 mil euros, anunciou o ministro das Finanças.
O escândalo do “TAPgate” estourou em dezembro passado quando a imprensa revelou que Reis, então secretária de Estado da Fazenda, havia recebido uma vultosa indenização pouco antes de assumir a direção da empresa pública responsável pela auditoria. Junte-se à equipe do governo.
O caso levou à demissão do anterior ministro das Infraestruturas e do seu secretário de Estado, prejudicando a imagem do executivo socialista do primeiro-ministro António Costa.
afp/rp
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