Lisboa (awp/afp) – O Governo português reviu em alta a previsão de crescimento económico para este ano para 6,4%, face a uma estimativa anterior de 4,9% incluída no Orçamento de Estado para 2022, deu a conhecer hoje o ministro das Finanças, Fernando Medina.
“A economia portuguesa deverá crescer 6,4%. Este é o crescimento mais forte da União Europeia”, afirmou em conferência de imprensa para anunciar as medidas de 2,4 mil milhões de euros anunciadas na véspera para ajudar as famílias a fazer face à inflação.
Essas medidas de apoio familiar serão adicionadas a um envelope de US$ 1,6 bilhão já desembolsado até setembro.
Este esforço não obrigará o governo português a rever a meta do défice público para 2022, que se mantém em 1,9% do PIB, assegurou o ministro das Finanças.
A dívida nacional será “inferior a 120%”, contra uma estimativa anterior de 120,7%, assegurou Medina.
Depois de crescer 2,5% no primeiro trimestre face aos três meses anteriores, o PIB português estagnou no segundo trimestre. Na comparação anual, subiu 11,8% de janeiro a março e 7,1% de abril a junho.
O pacote de medidas anunciado na noite de segunda-feira para mitigar o efeito da inflação inclui, nomeadamente, a redução dos impostos sobre a energia, o apoio direto às famílias e o aumento extraordinário das pensões de velhice.
O governo pretende anunciar em breve o apoio a empresas que serão detidas após a reunião de ministros europeus de energia desta sexta-feira em Bruxelas e que se dedicarão ao aumento dos preços da eletricidade.
Em agosto, os preços no consumidor em Portugal subiram 9% num ano, o maior aumento em quase três décadas, de acordo com uma estimativa preliminar do Instituto Nacional de Estatística.
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