“Há um conjunto de indicadores que nos dão confiança de que a evolução nos próximos anos será positiva em termos de igualdade de género nas empresas e no trabalho”, afirma Maria Antónia Saldanha, diretora nacional da Mastercard, num comunicado de imprensa.

Gerentes

No que diz respeito à percentagem de mulheres executivas, Portugal ocupa uma posição de liderança, com 37,4%, à frente de países como a Irlanda (35,7%), França (34,6%) ou Alemanha (29,7%). Além disso, em indicadores como a percentagem de mulheres em empregos especializados e técnicos, Portugal (52,5%) apresenta paridade, superando mesmo as percentagens registadas na Dinamarca (50,3%), na Alemanha (52%), na Irlanda (51,4%) ou na Espanha (49,7%).

“Há ainda muitas áreas em que é fundamental trabalhar para criar mais oportunidades para as mulheres e contribuir decisivamente para a redução das desigualdades de género”, sublinha Maria Antónia Saldanha. “Isto passa naturalmente pela mobilização de recursos para áreas-chave como as PME, a inclusão financeira, para políticas que facilitem o acesso das mulheres ao crédito e ao investimento, mas também recursos para o desenvolvimento de competências, conhecimento e inovação”, explica o gestor nacional da Mastercard.

Ajuda financeira

Duas das áreas em que Portugal fica significativamente abaixo da média global são o acesso das mulheres empresárias a produtos financeiros (31º), longe de economias como o Reino Unido (9º), Alemanha (11º) ou França (13º); e também o apoio às pequenas e médias empresas (PME), ocupando a 32.ª posição, a 14 pontos de Espanha e a 10 pontos da Irlanda.

Apesar disso, no que diz respeito às condições empresariais, “Portugal ocupa uma melhor posição graças, sobretudo, à boa qualidade da gestão empresarial, embora ainda esteja longe da média em áreas como a competitividade, as percepções culturais do empreendedorismo e o ambiente empresarial geral”, sublinha Mastercard.