Desde sábado passado, um incêndio florestal destruiu quase 10 mil hectares de vegetação no parque natural da Serra da Estrela, localizado no centro de Portugal. Um incêndio que mobilizou cerca de 1.500 bombeiros.
Ainda uma estimativa provisória. Um incêndio florestal que ainda mobilizou cerca de 1.500 bombeiros na quinta-feira destruiu cerca de 10 mil hectares de vegetação na região montanhosa do parque natural da Serra da Estrela, localizado no centro de Portugal. Este geoparque global foi classificado pela Unesco em 2020.
Desde sábado, várias encostas das montanhas circundantes foram totalmente enegrecidas pelo fogo, estando agora cobertas por pinheiros carbonizados.
Segundo as autoridades, o incêndio provocou onze feridos ligeiros entre os bombeiros. Um acampamento e uma praia fluvial foram evacuados na quarta-feira e um total de 26 pessoas foram temporariamente desalojadas de suas casas e duas segundas residências foram danificadas.
Protecção civil criticada
Desde o início do incêndio, muitos moradores têm criticado muito o comando da proteção civil por não ter conseguido impedir a propagação do fogo na montanha mais alta do território continental português, que se eleva a cerca de 2.000 metros.
O autarca de Manteigas, Flávio Massano, também criticou os serviços de salvamento, acusando-os de terem concentrado os seus esforços na protecção das zonas por onde passou este fim-de-semana a volta ciclística de Portugal, em detrimento da floresta.
Em nota de imprensa, o Ministério do Interior reconheceu que seria necessário analisar a gestão das operações.
“ABANDONO DAS FLORESTAS”
A biodiversidade do parque natural da Serra da Estrela é “a primeira vítima” destes incêndios, lamentou a associação de defesa do ambiente Quercus, considerando que estes incêndios resultam nomeadamente de um “abandono das florestas”.
Portugal, que este ano vive uma seca excecional, também viveu o mês de julho mais quente em quase um século, segundo o instituto meteorológico nacional.
Desde o início do ano, 74 mil hectares já arderam no fumo, segundo as últimas estimativas do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
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