Portugal e Turquia na corrida para substituir a China em 2023?

Clément Pédron, Media365, publicado no domingo, 04 de dezembro de 2022 às 23h30

Com a F1 formalizada a retirada da China do calendário para a temporada de 2023, multiplicam-se as candidaturas para preencher a lacuna com Portugal que entrou nas fileiras mas a Turquia fez o mesmo.

Em qual circuito os pilotos estarão correndo em 16 de abril? A resposta é desconhecida neste momento. Na última sexta-feira, a dona dos direitos comerciais da F1 pôs fim ao segredo de polichinelo: Xangai não poderá sediar a quarta rodada do mundial de 2023 devido ao contexto de saúde ligado ao coronavírus. Ausente do calendário desde 2019, a China voltou a permitir a passagem do trem sob pena de não sediar mais o evento nos próximos anos. Embora a F1 tenha considerado por um tempo abandonar essa data vaga, parece que a tendência é mais para uma temporada de 24 corridas (um recorde) e, portanto, uma substituição para a China. Entre os interessados, encontramos, na pole position, Portugal com o seu circuito de Portimão. No calendário de 2020 e 2021 para compensar as deserções dos restantes candidatos, o percurso montanhoso junto à costa algarvia agradou tanto aos pilotos como aos espectadores. Mas este domingo, Ni Amorim, o presidente da federação automobilística portuguesa, acalmou as coisas ao afirmar que nada foi feito nesta fase da pré-temporada. Acima de tudo, ele indicou que outro país havia entrado na corrida. “Portugal está na linha da frente para substituir a China”, confirmou o antigo piloto. No entanto, Portugal não é o único país interessado, já que a Turquia também está na corrida. Ni Amorim disse também que iniciou discussões com o governo sobre o assunto, mas ainda aguarda uma resposta.

Alemanha e França em emboscada?

Se Portugal estiver disposto a substituir a China, também não o fará a qualquer preço, segundo Ni Amorim. “Vai depender se há fundos para Portugal acolher o Grande Prémio, avisa o presidente da federação. As taxas são caras, mas o retorno justifica o investimento. Atualmente, desconheço os valores solicitados, pois ainda não chegou a esta fase de negociação. Ainda não está tudo feito para o evento lusitano, até porque a Turquia, que acolheu uma prova em 2020 e 2021, é igualmente elegível. Se ambos os países não forem selecionados, existem outras alternativas. Le Castellet (França), ausente do calendário em 2023, está pronto, assim como Mugello (Itália), emprestado em 2020 ou ainda Sepang (Malásia). A Alemanha, com suas duas pistas históricas (Hockenheim e Nürburgring) pode ser uma solução viável, principalmente pela história automotiva do país. Vale lembrar que a primeira rodada da temporada de 2023 está marcada para 5 de março no Bahrein.

Chico Braga

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