A Seleção passou de forma brilhante as oitavas de final ao vencer a Suíça (6 a 1) na terça-feira, marcando a vitória sem Cristiano Ronaldo, que começou no banco.
Uma consideração. Portugal eliminou a Suíça nos oitavos-de-final do Mundial (6-1), terça-feira, 6 de dezembro. Normalmente criticada por seu jogo de mau gosto, a Seleção validou com estilo a passagem para enfrentar o Marrocos na próxima rodada. Nada indicava que esta equipa, que havia caído quatro dias antes no final da fase de grupos frente à Coreia do Sul (1-2), tivesse causado uma impressão tão forte. Especialmente quando soubemos que sua estrela, Cristiano Ronaldo, começaria no banco para este encontro tão crucial.
Mesmo que o estádio tenha explodido quando ele entrou em jogo aos 73 minutos, o mal foi dito e bem dito. O entusiasmo não escondia que o placar marcava 5 a 1. Se a diferença foi aumentando com “CR7” no chão, ele não se envolveu no exuberante ataque curling de Rafael Leão (90º + 2). Mas, segundo Fernando Santos, não basta dizer que a sua equipa está melhor sem ele.
Ramos marca muitos pontos
“Conheço-o desde os 19 anos. Sempre tivemos uma relação muito forte e essa relação só está a evoluir. Ainda o considero um jogador muito importante na equipa.”, o treinador português acalmou-se durante uma conferência de imprensa após o jogo. Ele recorreu a desculpas táticas. É tudo sobre “perfil” escolha de acordo com “o oponente” segundo este último. Não é apropriado insistir em um caso individual.
Só o futuro responderá a esta questão, mas não podemos esconder que há muito tempo que Portugal não desfruta e tudo aconteceu sem Cristiano Ronaldo. Sem ele, os atacantes mostraram muita fluidez. Sentimo-nos completamente liberados João Felix. Sobretudo percebemos que a equipa não perdeu nada na troca com Gonçalo Ramos no seu lugar, pelo menos neste encontro. O atacante de 21 anos, comemorando sua primeira passagem pela seleção, fez um estrondoso hat-trick que dá vontade de vê-lo em breve de volta aos gramados.
Já se passaram 32 anos desde que um jogador marcou três vezes em uma partida eliminatória da Copa do Mundo [l’attaquant de l’ex Tchécoslovaquie Tomas Skuhravy contre le Costa Rica en 1990]. Suas três produções em particular mostraram o escopo de sua paleta. Ele primeiro mostrou sua qualidade de chute ao encontrar as redes em um ângulo improvável para abrir o placar (17º). Depois deixou que os seus instintos falassem pelo 3-0, surgiu no segundo poste e finalizou a sangue frio (51º). Finalmente o avançado do Benfica soube aproveitar a profundidade e mostrar sensação de bola, num belo mergulho, para levar o contra-ataque a 5-1 (67º). Exatamente o que faltou a “CR7” quando entrou, lento demais para vencer os zagueiros adversários pelas costas ou saiu muito cedo, como seu gol anulado por impedimento (84º).
Santos e Fernandes ajudam Ronaldo
Melhor em campo, Ramos teve que responder a algumas perguntas e evitar respostas polêmicas: “Para ser honesto, ninguém falou sobre isso no vestiário. [du choix de commencer sans Ronaldo]. O Cristiano é o nosso capitão e como sempre nos ajudou e incentivou, não só a mim, mas também aos meus companheiros.”. Mais cedo, outro companheiro de equipa já tinha vindo apagar o fogo na zona mista. “Não acho que as pessoas devam falar sobre por que ele joga ou não, porque se ele joga e nós ganhamos, ninguém fala sobre isso. Se ele joga e nós perdemos, todo mundo fala sobre isso.”apoiou Bruno Fernandes.
Mas fora o estrito plano desportivo, não há como negar que o ambiente à sua volta é pesado. No entanto, ele fez tudo o que pôde para garantir que nada fosse mais importante do que a equipe, nem mesmo ele. “O caso Ronaldo está encerrado, não fale mais sobre isso”, ele havia ousado em entrevista coletiva no dia 21 de novembro, antes de sua seleção entrar na Copa do Mundo. No dia seguinte, seu clube, o Manchester United, rescindiu seu contrato.
Depois de respirar ar fresco ao marcar contra Gana, um novo capítulo se abriu na derrota para a Coreia do Sul, quando ele criticou seu técnico desde os 65 minutos, quando foi substituído após uma atuação medíocre. Passado pela primeira vez entre as quedas, escapando de Fernando Santos, foi flagrado pelo vídeo, que lhe valeu a vaga no banco contra a Suíça – uma estreia para ele na Copa do Mundo desde 2006. O técnico não hesitou em fazer críticas em seu jogador para a imprensa na véspera do jogo: “Vi as fotos desde então e não gostei nada”. Ele foi bem menos ofensivo na noite de terça-feira, no êxtase da vitória.

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