O Governo português apelou hoje às empresas chinesas para que invistam na concessão de um novo terminal de contentores no porto de Sines, de forma a torná-lo a “porta atlântica” do projeto das “novas rotas da seda” lançado por Pequim. “O governo está a promover o porto de Sines como porta de entrada atlântica para a nova rota marítima da seda, convidando também as empresas chinesas a responder ao concurso para a concessão do novo terminal Vasco da Gama”, afirmou o governo. Ministra dos Assuntos Marítimos, Ana Paula Vitorino. A ministra chinesa dos Recursos Naturais, Lu Hau, “reconheceu este potencial interesse” durante uma visita ao porto de Sines, na passada sexta-feira, acrescentou durante uma conferência em Lisboa dedicada às relações económicas entre Portugal e a China.

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O concurso que visa a adjudicação da construção e da concessão por 50 anos do novo terminal será lançado “no próximo mês ou em julho”, especificou José Luis Gacho, presidente da Autoridade do Porto de Sines, o maior de Portugal . “Esta é uma grande oportunidade para as empresas chinesas. Sines poderá tornar-se uma das peças essenciais do puzzle formado pelas novas rotas da seda”, sublinhou. O projecto de um novo terminal de contentores, que se juntará ao actualmente gerido pelo grupo PSA em Singapura, exigirá um investimento de cerca de 600 milhões de euros por parte da empresa privada que terá a concessão, depois 100 a 150 milhões de euros de recursos públicos fornecidos pelo gestor portuário.

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No final de 2018, nas vésperas da visita do presidente chinês Xi Jinping a Portugal, o primeiro-ministro português, António Costa, anunciou que pretendia integrar o porto de Sines em todos estes projetos de infraestruturas que deveriam permitir a Pequim desenvolver as suas relações comerciais. em toda a Ásia, Europa e África. Portugal tornou-se então o primeiro país da Europa Ocidental a assinar um memorando de entendimento sobre este assunto com o governo chinês, na sequência da Grécia e de vários países da Europa de Leste.