Um gol de Pepe nos acréscimos e um pênalti de Adrien Silva na prorrogação deram a um péssimo Portugal o 3º lugar na Copa das Confederações contra o México (2-1 depois).
Pela primeira participação, Portugal subiu ao pódio da Taça das Confederações enquanto o México perdeu a oportunidade de lá aparecer pela 3ª vez, depois da vitória em 1999 e de um terceiro lugar, já, em 1995. Sem Cristiano Ronaldo, em licença de paternidade, e com time remodelado, a Seleção dominou os primeiros 90 minutos. Mas os companheiros de Nani, capitão, há muito alternam entre o azar e a falta de jeito, encontrando também um grande Guillermo Ochoa no caminho.
Se Fernando Santos teve de lidar com três ausentes (Ronaldo, Raphael Guerreiro e Bernardo Silva), beneficiou do regresso de Pepe após suspensão. E o zagueiro de 34 anos passou a atacar para salvar seu time de uma recuperação furiosa enquanto permanecia na vanguarda (90º + 1, 1-1). Até então, nada tinha agradado aos portugueses. André Silva viu seu pênalti ser repelido por Guillermo Ochoa quando queria fazer justiça com as próprias mãos, após falta do veterano Rafael Márquez (16º). Como uma maldição na semifinal contra o Chile, Claudio Bravo já havia parado os pênaltis de Ricardo Quaresma, João Moutinho e Nani (0-0, 3-0 tab).
Rui Patricio como salvador
Em seguida, o palco local, Neto (joga no Zenit São Petersburgo), desviou a bola para a própria rede com a coxa (1-0, 54º). Portugal poderia ter empatado mais cedo, mas Guillermo Ochoa foi imperial num cabeceamento à queima-roupa de Gelson Martins (61º). Na curva seguinte, Nani, abandonado a seis metros, falhou o cabeceamento, parecendo então que o pódio estava prometido ao México.
Vindo do nada, os portugueses também quebraram a maldição dos pênaltis quando Adrien Silva desta vez acertou o ex-goleiro do Ajaccio com o pé esquerdo (2-1, 104º). Um paradoxo quando, dominando no tempo regulamentar, foram empurrados na prorrogação. O final da partida foi tenso, com Nelson Semedo (106º) e Raul Jiménez (112º) expulsos por empenho excessivo. Menos espetacular que Guillermo Ochoa, Rui Patricio também se destacou. O guarda-redes português, muito consistente ao longo de toda a competição, salvou a sua equipa em inúmeras ocasiões.
O Diário/AFP
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