Portugal anuncia ajuda de 2,4 mil milhões de euros

O governo português divulgou na segunda-feira um pacote de medidas para ajudar as famílias a lidar com a inflação, que incluirá impostos mais baixos sobre energia.

Inflação

O governo português divulgou na segunda-feira um pacote de medidas para ajudar as famílias a lidar com a inflação, que incluirá impostos mais baixos sobre energia.

(ASdN com AFP) – “Famílias em primeiro lugar”. O nome do programa lançado pelo governo português não deixa dúvidas quanto às suas intenções. Segunda-feira, o executivo socialista anunciou a implementação de uma série de oito medidas para ajudar as famílias a lidar com a inflação. Um programa que custa 2,4 mil milhões de euros, ou cerca de 1% do PIB do país, e que se soma aos 1,6 mil milhões de ajudas já desembolsadas até setembro.


(ARQUIVOS) Esta foto de arquivo tirada em 29 de abril de 2020 mostra um cliente empurrando um carrinho de compras pelas prateleiras durante compras em um supermercado em Duesseldorf, oeste da Alemanha, em 29 de abril de 2020. - Um aumento nos preços ao consumidor da zona do euro, impulsionado ainda mais pela invasão da Ucrânia pela Rússia, é "muito perto" para atingir seu pico, disse o vice-presidente do Banco Central Europeu, Luis de Guindos, em 28 de abril de 2022. (Foto de Ina FASSBENDER / AFP)

Em resposta a este novo recorde inflacionário em agosto, o Banco Central Europeu deverá elevar novamente suas taxas diretoras.


Em termos concretos, o governo português está assim a planear uma redução do imposto sobre a energia, mas também mais ajudas diretas, em particular para famílias e reformados. Os vencedores portugueses até 2.700 euros receberão um cheque de 125 euros por pessoa, mais 50 euros por cada criança. Quanto aos aposentados, eles receberão um complemento equivalente a metade de sua pensão mensal.

9% em um ano

O executivo, apoiado por maioria absoluta no Parlamento, vai pedir aos deputados que votem a redução do IVA sobre a eletricidade, de 13 para 6%, e vai prolongar até ao final do ano a redução dos impostos sobre os combustíveis já em vigor. O chefe do governo português, António Costa, anunciou também para o próximo ano um teto para o aumento das rendas em 2% e o congelamento dos preços dos transportes públicos.

“Faz trinta anos desde que vimos um aumento tão acentuado e repentino no custo de vida”, disse Antonio Costa em entrevista coletiva. Mas o primeiro-ministro também alertou, pedindo “muita cautela para não alimentar uma espiral inflacionária”. Em Portugal, os preços no consumidor aumentaram em agosto 9% em termos homólogos, de acordo com uma estimativa provisória do Instituto Nacional de Estatística.



Portugal, confrontado com a escassez de mão-de-obra no turismo ou na construção, alterou a chamada “lei dos estrangeiros” para facilitar a imigração e em particular o acolhimento de “nômades digitais”, segundo o texto promulgado quinta-feira pelo Presidente da República.


Quanto às empresas, o governo anunciará em breve ajudas mais específicas. Estas serão decididas após a reunião dos ministros europeus da energia, agendada para sexta-feira em Bruxelas, para lidar com a subida dos preços da electricidade.

Recorde-se que o PIB de Portugal estagnou no segundo trimestre face aos primeiros três meses do ano, crescendo 7,1% em termos homólogos, enquanto a taxa de desemprego continuou a descer em julho, para 5,9%.

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Chico Braga

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