O salário mínimo em Portugal vai aumentar a 1 de janeiro em 25 euros, para 530 euros mensais ao longo de 14 meses, anunciou esta quarta-feira o novo governo socialistaapesar das negociações malsucedidas com sindicatos e empregadores.

“Não foi possível chegar a um acordo formal“com os parceiros sociais, mas”ninguém se opôs ao aumento do salário mínimo para 530 euros”, de acordo com um comunicado divulgado quarta-feira à noite após um Conselho de Ministros. Esta medida, que constava do programa socialista, “beneficiará mais de 500.000 funcionários“, disse o governo.

Discordância sobre a redução das contribuições patronais

O anterior aumento do salário mínimo, para 505 euros, datava de setembro de 2014 e tinha sido acompanhado de uma contrapartida concedida aos empregadores, que viram as contribuições patronais sobre os salários mais baixos reduzidas em 0,75 ponto percentual, para 23%. . As negociações entre sindicatos e empregadores têm tropeçado, segundo o executivo, sobre a manutenção ou não dessa contrapartida, que finalmente desaparecerá no dia 1º de janeiro.

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O governo socialista, que substituiu a direita após as eleições legislativas Outubro, graças ao apoio sem precedentes da esquerda radical, planeja aumentar o salário mínimo a cada ano para chegar a 600 euros em 2019.

“Impor custos extras à economia que ela pode não conseguir digerir é enviar o sinal errado do governo”disse o líder da oposição de direita Pedro Passos Coelho.

Estimular o crescimento

Mas, segundo o executivo socialista, que também anunciou o aumento das pensões e dos abonos de família, esta medida visa, pelo contrário, aumentar o poder de compra dos portugueses e estimular a economia. O Banco de Portugal prevê para 2015 um crescimento de 1,6%. A Comissão Europeia estima que o Produto Interno Bruto português cresça 1,7% este ano.

(Com AFP)