A descoberta da Ligue 1 na segunda metade da temporada passada foi trabalhosa, mas Vitinha, avançado português do OM, aguentou e atravessa um bom período, já com dois golos em dois dias antes da recepção ao Brest, no sábado.
Cara fechada e dedo na hora, como que para afirmar a sua solidez mental: foi assim que Vitinha festejou o primeiro golo da temporada, o da vitória sobre o Reims (2-1) há duas semanas no Vélodrome.
Este gesto, os adeptos do Marselha já tinham visto, depois de uma dobradinha bem sucedida em Abril frente ao Troyes. Mas estes dois golos marcados ao fraco Aubois foram os únicos marcados por Vitinha com a camisola do Marselha antes do início da temporada.
Desde então, ofereceu a vitória ao OM sobre o Reims, depois permitiu à sua equipe salvar um ponto em Metz ao empatar no final da partida (2-2).
“A adaptação demora sempre um pouco, não sou diferente dos outros”, recordou o jovem português esta sexta-feira em conferência de imprensa.
“Cheguei quando a temporada já estava em andamento e não é fácil. Trabalhei para me adaptar o mais rápido possível. O intervalo foi útil, pude descansar mental e fisicamente. Agora estou pronto, conheço a cidade, o clube, o campeonato melhor. Esse tempo de adaptação tem sido importante para mim”, desenvolveu.
Ainda não é proprietário
No final da temporada passada, o próprio presidente do Marselha, Pablo Longoria, defendeu o seu centroavante, em quem não hesitou em apostar mais de 30 milhões de euros incluindo bónus, a transferência mais importante da história do OM.
“Continuo muito confiante. É um jogador que tem todas as características que se espera de um atacante, pode ir fundo, é finalizador, faz o trabalho defensivo… Só precisa de ‘um período de adaptação’, diagnosticou o espanhol líder, antes de apontar dois detalhes que dificultaram o progresso dos portugueses.
“Também podemos falar de gestão do clube. Ele chegou na quinta e foi contratado no domingo (…) E também teve o Alexis Sanchez que não gosta de sair do lugar nem um minuto”, declarou Longoria.
O chileno saiu, mas Vitinha não se tornou titular indiscutível, Marcelino parece favorecer neste momento a dupla Aubameyang-Ndiaye.
com JPP
Mas quando tocava, Vitinha parecia transformado. Se nunca terá a técnica superior de Alexis ou a velocidade de Aubameyang, mostrou-se muito mais determinado e contundente do que na temporada passada, e fisicamente mais resistente também.
“Para mim, o que conta não é a quantidade de minutos, mas sim a qualidade que você traz ao jogar”, explicou Marcelino na sexta-feira em resposta a uma pergunta sobre a situação do seu atacante português.
“Ele já começou e ainda pode ser (…) Depois de seis meses de adaptação, ele está muito melhor. Estamos muito satisfeitos com a evolução dele e não o considero um jogador que sai do banco, ele pode ser titular a qualquer momento”, garantiu o técnico do Marselha.
Vitinha continua trabalhando, inclusive ao lado de um verdadeiro especialista. “Desde os primeiros dias, Jean-Pierre Papin falou comigo. Ele me contou sobre sua difícil adaptação, ele entendeu. Ele esteve presente e me ajudou muito para que eu pudesse crescer e marcar gols pelo OM”, disse o ex-atacante do Braga. .
“Em breve vocês voltarão a ver o Vitinha de Braga, aquele que marca muitos gols, o português também prometeu. Estou trabalhando para isso e tenho certeza que isso vai acontecer”.
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