RETRATO – O empresário franco-português, bilionário de origens muito modestas, foi colocado em prisão domiciliária, suspeito de um caso de corrupção de que o Estado e a Altice Portugal são vítimas.
Uma das primeiras fortunas de Portugal, indiciada desde meados de julho. É difícil imaginar o estado de perplexidade que tem habitado o pequeno mundo empresarial lusitano nos últimos dias. Armando Pereira, uma das principais figuras económicas do país e co-fundador da gigante dos media e telecomunicações Altice, propriedade de Patrick Drahi, foi colocado em prisão domiciliária por um juiz na segunda-feira, 24 de julho, onze dias depois de ter sido detido. Ele é suspeito de estar envolvido em um grande escândalo de corrupção, evasão fiscal e lavagem de dinheiro.
Foi no dia 13 de julho, durante uma grande operação das autoridades portuguesas – 90 buscas em todo o país – que o empresário de 71 anos foi detido. Ele, e um pouco menos de uma dezena de funcionários e executivos da Altice (particularmente em Portugal), ou próximos da empresa, teriam enriquecido através de um sistema de comissões sobre transações fraudulentas das quais o Estado como a Altice Portugal teria sido vítima…
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