O incêndio florestal no parque natural da Serra da Estrela, declarado controlado no centro de Portugal na semana passada, voltou a incendiar-se, mobilizando mais de mil bombeiros na manhã desta terça-feira, informou a proteção civil.
Depois de o incêndio de sexta-feira ter sido declarado controlado no sábado, o fogo recomeçou “com comportamento violento” na tarde de segunda-feira, abalado por “um vento forte”, disse o comandante da proteção civil André Fernandes em conferência de imprensa na noite de segunda-feira.
Várias aldeias foram evacuadas por precaução, disse ele.
A erupção da Serra da Estrela, já a maior de Portugal neste verão, queimou cerca de 15 mil hectares, segundo os últimos dados preliminares das autoridades portuguesas.
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Este incêndio, que deflagrou perto da Covilhã (centro) no dia 6 de agosto, destruiu áreas florestais únicas deste geoparque global reconhecido pela UNESCO, no coração da Serra da Estrela com cerca de 2.000 metros de altitude.
Como o Comando da Proteção Civil tem sido criticado pela gestão das operações, o ministro do Interior, José Luis Carneiro, prometeu na segunda-feira lançar uma avaliação das “causas estruturais” e do “método de combate” aos incêndios “assim que o incêndio na Serra da Estrela extingue-se.”.
Portugal, passando por uma seca excepcional este ano, teve o mês de julho mais quente em quase um século.
Cerca de 80 mil hectares já arderam em fumo desde o início do ano, a maior área desde os mortíferos incêndios florestais de 2017, que mataram cerca de 100 pessoas, segundo o último relatório do Instituto para a Natureza e Gestão Florestal.
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