A apresentação do “relatório de análise estratégica e multidisciplinar sobre o aumento da capacidade aeroportuária na região de Lisboa”, segundo um comunicado da comissão presidida por Rosário Partidário, terá lugar no dia 5 do próximo mês durante a 3.ª conferência do CTI, que será realizado no Centro de Congressos do Laboratório Nacional de Engenharia Civil(LNEC)em Lisboa.
A análise estratégica e multidisciplinar deste relatório centra-se nas cinco soluções para aumentar a capacidade aeroportuária na região de Lisboa, inicialmente consideradas pelo Conselho de Ministros, às quais o CTI acrescentou outras quatro soluções, perfazendo um total de nove soluções.
Uma solução aprovada em Conselho de Ministros no ano passado definiu a criação de um CTI responsável por analisar cinco hipóteses para o aeroporto de Lisboa, mas previu que outras opções poderiam ser acrescentadas.
O relatório será então submetido a consulta pública durante 30 dias úteis, sendo que o CTI, depois de avaliar “a racionalidade, o mérito, a oportunidade e a conveniência técnica de cada uma destas componentes, à luz dos factores críticos para a decisão”, estabelecerá o relatório final.
A preparação deste relatório final marcará o fim do CTI.
As cinco opções inicialmente consideradas incluem soluções duais, em que o Aeroporto Humberto Delgado (AHD) terá o estatuto de aeroporto principal e o Montijo o de aeroporto complementar; a alternativa seria o Montijo adquirir gradualmente o estatuto de aeroporto principal e o AHD ter o estatuto de aeroporto complementar ou a construção de um aeroporto internacional no Campo de Tiro de Alcochete (CTA), em substituição do AHD; outra solução dual em que o AHD terá o estatuto de aeroporto principal e um aeroporto localizado em Santarém como aeroporto complementar; e a construção de um novo aeroporto internacional localizado em Santarém que substituirá integralmente o AHD.
A estas opções, o CTI acrescentou mais quatro: AHD + Campo de Tiro de Alcochete; Vendas Novas + Pegões; AHD + Vendas Novas-Pegões e Rio Frio + Poceirão.
A avaliação estratégica de cada uma destas opções tem em conta “cinco factores críticos de decisão”, nomeadamente segurança da aviação, acessibilidade e território, saúde humana e sustentabilidade ambiental, conectividade, desenvolvimento económico, investimento público e modelo de funcionamento.
Em declarações à Lusa no final de setembro, Rosário Partidário reiterou que a decisão final cabe ao governo, lembrando que a comissão técnica independente tem “um mandato para avaliar opções estratégicas”, o que implica “avaliação, informação do decisor , orientações, conselhos e recomendações” para a tomada de decisões.
“Se o tomador de decisão quiser dar mais importância à ‘segurança da aviação’ ou ao ‘investimento e financiamento público, ou à saúde e sustentabilidade ambiental, ele está naturalmente livre para fazê-lo”, explicou.
“Organizador sutilmente encantador. Ninja de TV freelancer. Leitor incurável. Empreendedor. Entusiasta de comida. Encrenqueiro incondicional.”