A controvérsia eclodiu em Portugal na sexta-feira depois que reportagens da imprensa revelaram que refugiados ucranianos estavam sendo hospedados por ativistas pró-Rússia.
Segundo o semanário Expresso, um importante membro da comunidade russa sediada em Portugal e a sua mulher, que trabalha para a Câmara Municipal de Setúbal, participaram no acolhimento de pelo menos 160 refugiados ucranianos. Em particular, de acordo com um refugiado ucraniano que testemunhou para este jornal, o casal perguntou a ela onde estavam os membros de sua família que permaneceram na Ucrânia após a invasão de Moscou em 24 de fevereiro.
Perante o clamor, a Câmara Municipal de Setúbal respondeu num comunicado de imprensa anunciando que este funcionário russo seria afastado das equipas que acolhem refugiados ucranianos.
No início de abril, a embaixadora da Ucrânia em Lisboa, Inna Ohnivets, disse em entrevista à CNN Portugal que “organizações pró-russas“tinha infiltrado instalações de acolhimento de refugiados.”Assim que os refugiados chegaram a Portugal em março, fomos avisados de que alguns tinham sido acolhidos por elementos pró-russos que se apresentavam como membros de organizações internacionais ou mesmo ucranianas.” disse o presidente da Associação dos Ucranianos em Portugal, Pavlo Sadoka. “É o mesmo em toda a Europa“, assegurou à agência Lusa após trocas com associações congéneres noutros países.
Desde a invasão russa da Ucrânia, Portugal acolheu mais de 33.000 refugiados ucranianos, duplicando o tamanho desta comunidade imigrante, que se tornou a segunda maior do país.
“Web enthusiast. Communicator. Annoyingly humble beer ninja. Typical social media evangelist. alcohol aficionado”