Ministros das Finanças da zona do euro não escolhem novo chefe de fundo de resgate

Três candidatos ainda estavam concorrendo ao cargo, já que o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) realizou sua reunião anual na quinta-feira em Luxemburgo.

São eles o ex-ministro das Finanças do Luxemburgo, Pierre Gramegna, o ex-ministro das Finanças de Portugal, João Leão, e o alto funcionário da Comissão, o italiano Marco Buti.

Um funcionário público familiarizado com as discussões disse que a votação teve que ser adiada porque faltava a maioria qualificada necessária para eleger um candidato.

O funcionário acrescentou que o impasse se deve em grande parte à relutância de Buti em desistir da disputa, apesar de ser o candidato que recebeu menos votos entre os três em uma votação preliminar indecisa.

Um segundo funcionário disse que Buti ainda era um candidato que poderia vencer os outros.

O ESM é um credor europeu de último recurso para governos, criado no auge da crise da dívida soberana em 2012, que emite títulos garantidos pelos 19 países da zona euro. Tem uma capacidade de empréstimo de 500 bilhões de euros.

O ESM também pode conceder linhas de crédito cautelares a soberanos antes de serem retirados dos mercados, recapitalizar bancos diretamente ou emprestar a governos para esse fim e comprar dívida soberana nos mercados primário e secundário.

Durante a pandemia, o ESM também ofereceu empréstimos aos governos da zona do euro para custos relacionados à saúde, tratamento e prevenção, mas nenhum país fez uso dessa opção.

Chico Braga

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