Lisboa, 27/02 Milhares de pessoas manifestaram-se hoje em diferentes cidades de Portugal para mostrar a sua solidariedade com o povo da Ucrânia e apelar ao fim da invasão russa, nas mais massivas mobilizações no país português desde o início da guerra. A manifestação principal decorreu em frente à embaixada da Rússia em Lisboa, convocada por jovens de partidos de todo o espectro político português, e que juntou vários milhares de pessoas, muitos ucranianos mas também portugueses. “Não à guerra, sim à paz” foi um dos gritos mais ouvidos na mobilização, junto com gritos de “Assassino!” endereçada ao presidente russo Vladimir Putin. O cartaz que liderou a mobilização dizia a mensagem “Stop Putin, Stop War” (“Pare Putin, pare a guerra”), acompanhada de muitas bandeiras ucranianas e portuguesas. Outras figuras políticas do país, como a líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins; o líder dos liberais, João Cotrim de Figueiredo, ou o socialista João Soares, filho do ex-presidente Mário Soares. A capital também foi palco de outra mobilização, convocada na central Plaza del Comercio pela Associação dos Ucranianos em Portugal, que juntou mais mil pessoas. Esta associação anunciou que vai ser criada uma plataforma entre várias entidades para coordenar a ajuda de Portugal à Ucrânia e futuros refugiados que venha a receber, como transporte ou alojamento. Na segunda maior cidade do país, Porto, várias centenas de pessoas se reuniram ao lado do consulado russo, segundo a mídia local. Também houve mobilizações neste domingo em várias cidades da região sul do Algarve, onde parte da comunidade ucraniana também vive em Portugal. Cerca de 28.600 ucranianos residem em Portugal e são a quinta comunidade estrangeira com maior presença em solo português, segundo os dados mais recentes do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). Portugal tem estado disponível para acolher refugiados ucranianos e deu instruções às suas embaixadas na Ucrânia e nos países vizinhos para que agilizem a concessão de vistos. Os Ministérios da Economia e do Trabalho estão entrando em contato com empresas do país para identificar oportunidades de emprego para esses refugiados.
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