Haveria agora um milhão na mira de Bercy. Numa entrevista exclusiva ao Parisian Today em França, Gabriel Attal, Ministro da Acção e Contas Públicas, revelou o seu plano para controlar os reformados com mais de 85 anos que vivem no estrangeiro, em particular para garantir que ainda estão vivos.
Este anúncio surge na sequência de uma experiência realizada na Argélia desde Setembro, na qual 300 processos de reformados “quase centenários”, de um total de 1.000 processos estudados, foram declarados não conformes. dos quais fora da Europa e 300.000 na Argélia.
Segundo os últimos números do Cnav, é também o país que mais acolhe reformados franceses, à frente de Portugal, Espanha e Itália. Em detalhe, o Fundo Nacional de Seguro de Velhice revela que 90% destes reformados vivem em dois continentes: África (42%) e Europa (47%). No total, esse milhão de aposentados representa 7% de todos os aposentados.
Mais velhos do que aqueles que vivem na França
Com uma pensão média mensal total de 284 euros, “a massa anual paga aos pensionistas residentes no estrangeiro é de 3,8 mil milhões, ou 3% do total das prestações de pensões pagas pelo regime geral em 2021”. Estes reformados também recebem muito menos rendimentos do que os da França continental. “Os segurados que vivem no estrangeiro tiveram uma carreira mais curta em França, o que justifica esta menos trimestres em média. A distribuição por país de residência também reflete a história da migração e, em particular, da imigração de trabalho temporário”, explica Cnav ao Le Parisien.
Além do Magrebe, também encontramos todos os países fronteiriços entre os países mais populares entre os reformados franceses (Bélgica, Alemanha e Suíça no top 10). Ainda mais surpreendente é que a Sérvia, no meio dos Estados Unidos, do Reino Unido ou de outro Israel, tenha 10.000 reformados franceses. Para que conste, notamos que o Cnav lista reformados em mais de 200 países, 10 em Porto Rico, sete no Nepal e 16 na Etiópia.
Em todos estes países, eles são, em média, mais velhos do que os seus homólogos em França, com, por exemplo, 34% no estrangeiro a terem entre 80 e 89 anos de idade, em comparação com 19% dos residentes franceses reformados na mesma faixa etária.
Ainda no âmbito do estrangeiro, Gabriel Attal anunciou também que pretende “reforçar” as condições de residência em França “para beneficiar de benefícios sociais”. Será agora necessário passar nove meses do ano no país, face aos seis atualmente previstos, para beneficiar do abono de família ou da idade mínima, indica o ministro. O mesmo vale para o auxílio moradia (APL), que atualmente exige apenas oito meses de atendimento.
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