Três dias depois da imensa desilusão da eliminação na Liga dos Campeões, o Olympique de Marseille não recuperou ao conceder empate sexta-feira em Metz (2-2), reduzido a dez por hora de jogo, num cenário muito semelhante.
Um primeiro gol, dominação clara e uma infinidade de chances, e então dois gols saindo do nada e decisões de arbitragem desfavoráveis… O Marselha saiu do C1 lamentavelmente antes mesmo da fase de grupos.
Felizmente para os olímpicos, o atacante português Vitinha, que começou aos 75 minutos, empatou no final do jogo (82º) para evitar uma derrota que sem dúvida – já – teria mergulhado o clube em crise. Depois de dois jogos no campeonato, os jogadores de Marcelino ainda assumem temporariamente a liderança da Ligue 1, com a força da vitória inaugural sobre o Reims (2-1).
Tudo tinha começado bem para o OM, porém, lançado nesta partida pelo seu jovem “minot” Emre Soglo (18 anos). Após cruzamento, Pierre-Emerick Aubameyang errou a recuperação, mas a bola voltou milagrosamente aos pés do jogador logo que saiu do centro de treinamento, que enganou com um chute na trave próximo a Alexandre Oukidja, sem inspiração (14º).
Aos 18 anos e 38 dias, Soglo se tornou o segundo artilheiro mais jovem da história do clube no campeonato francês, atrás de Samir Nasri em 2005 (17 anos e 199 dias), segundo o estatístico Opta.
Em seguida, o Marselha teve um número considerável de chances claras, mas não conseguiu converter aquela que teria permitido a eles fazer o intervalo. Um jogador ilustrou muito bem essa falta de jeito: a estreante de verão Ismaïla Sarr. Ele primeiro tropeçou na trave após uma bela sequência de golpe de controle (2º), depois em Alexandre Oukidja com o pé esquerdo (7º), antes de errar outra tentativa (37º) e inexplicavelmente atrasar o golpe quando havia sido muito bem servido por Pierre- Emerick Aubameyang (44º).
Lô excluiu
O OM finalmente conseguiu fazer o segundo gol, de cabeça do capitão Valentin Rongier (52º)… antes de ser recusado após consulta ao VAR por falta de Sarr que motivou a ação. Já no final do primeiro tempo, um gol de Aubameyang havia sido anulado pelo VAR, desta vez em impedimento. O espectro da partida contra o Pana estava então cada vez mais presente no gramado.
Aos 59 minutos, o defesa-central do Messin, Ababacar Lô, foi logicamente excluído por uma sola no tornozelo de Iliman Ndiaye.
Uma reviravolta do destino que não impediu a promovida Lorraine de bisar e assumir a liderança: um chute desviado de Cheikh Sabaly enganou o impotente Pau Lopez (65º), depois Georges Mikautadze, artilheiro da última temporada na Ligue 2, dobrou a aposta em na sequência (71º) de um voleio, aproveitando um remate do guarda-redes do Marselha.
Em rápida sucessão, os Messins conseguiram virar a partida, um sinal da febre mental dos olímpicos e de seu ainda presente trauma europeu. “Tem que digerir, esquecer rápido e se recuperar, mas não temos tempo porque jogamos daqui a dois dias”, insistiu Rongier no dia seguinte à desilusão do C1.
Muito em forma no início da temporada, Vitinha finalmente empatou após um cruzamento, assinando sua virada da forma mais bonita.
Acima de tudo, afasta a crise que começava a despontar em Marselha. Surpreendidos na preparação e imediatamente sufocados pelo calendário (quatro jogos em dez dias), os jogadores de Marcelino terão um pouco mais de tempo para se recuperar. Mas eles não devem demorar mais.
“Empreendedor. Fã de cultura pop ao longo da vida. Analista. Praticante de café. Aficionado extremo da internet. Estudioso de TV freelance.”