Incêndio na Madeira continua ‘fora de controlo’

“O incêndio continua, não podemos dizer que a situação está resolvida. É um dos incêndios que mais afetou o nosso concelho desde que nos lembramos”, disse o autarca à agência Lusa, antes de sublinhar: “Não posso considerar que os incêndios estejam controlados, porque podem reacender-se a qualquer momento, daí a ativação do Plano Municipal de Emergência”.

Segundo Emanuel Câmara, as chamas foram combatidas durante toda a noite, tendo-se alastrado na tarde de quinta-feira para a zona alta do concelho, onde o fogo circundava a freguesia das Achadas da Cruz, avançando em direção aos Lamaceiros e Santa e à colina sobranceira à vila do Porto Moniz.

O lar de idosos localizado em Lamaceiros foi encerrado e 40 pessoas foram transferidas para instalações no município vizinho de São Vicente.

“A primeira preocupação foram as pessoas e depois os bens”, disse o autarca, explicando que a situação mais grave foi a de uma senhora, nas Achadas da Cruz, que sofreu queimaduras.

Várias pessoas pernoitaram, por precaução, na escola secundária do Porto Moniz e no salão paroquial da igreja local, incluindo um grupo de alunos do ensino primário, impedidos de regressar às suas casas na serra.

Os concelhos do Porto Moniz (litoral norte) e da Calheta (zona oeste) ativaram os respetivos planos municipais de emergência e proteção civil, na sequência dos incêndios que assolam estes concelhos.

O incêndio deflagrou inicialmente na quarta-feira, por volta das 18h00, na freguesia dos Prazeres, concelho da Calheta, e propagou-se durante a noite à freguesia adjacente da Fajã da Ovelha e, mais tarde, às freguesias da Ponta do Pargo e Achadas da Cruz, estando já no concelho do Porto Moniz.

O governo da Madeira declarou quinta-feira a situação de emergência devido aos incêndios que assolam a região, ativando assim o plano regional de emergência da proteção civil, anunciou o serviço regional de proteção civil(ANEPC).

Partiu esta manhã para a Madeira um contingente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, liderado pelo comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil de Coimbra, Carlos Tavares, composto por 64 operacionais, incluindo 54 bombeiros da Força Especial de Defesa Civil. Proteção, seis elementos da estrutura de comando da ANEPC e quatro elementos do Instituto Nacional de Emergência Médica.

Isabela Carreira

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