A candidata presidencial socialista Anne Hidalgo elogiou o “método moderno” que a social-democracia representa para ela na sexta-feira durante uma mesa redonda em Paris, que incluiu os primeiros-ministros socialistas da Espanha, Pedro Sanchez, e de Portugal, Antonio Coast.
A comitiva da candidata, lutando em pesquisas nas quais ela obtém entre 4 e 7% das intenções de voto, vem tentando nas últimas semanas destacar melhor a estatura internacional que ela forjou como prefeita de Paris.
Na sexta-feira, durante uma mesa redonda na Maison de la Mutualité em Paris sobre o tema “bem-estar”, que foi o foco de um relatório dos social-democratas europeus publicado esta semana, ela foi apoiada por líderes do governo espanhol e português – símbolos de uma socialismo que, após anos de derrota, ainda consegue vencer na Europa.
Todos os três defenderam a social-democracia, que se baseia no “compromisso, na escuta”, disse o presidente do governo espanhol, Pedro Sanchez.
“As soluções estão do lado da social-democracia”, diz Anne Hidalgo. Quanto ao mérito, “traz em primeiro lugar a convicção de que perante a crise é sempre necessário realçar o apoio e proteção social” dos mais vulneráveis, explicou.
Mas ela também elogiou a social-democracia como um “método moderno”: ao contrário de Emmanuel Macron, um “Júpiter que decide tudo sozinho”, “a social-democracia depende dos movimentos sociais, sindicatos, diálogo social, autoridades locais”.
“O que é difícil no discurso político francês é que o termo social-democracia foi disputado, inclusive pela esquerda”, lamentou Hidalgo.
“Os social-democratas são a esquerda que está reformando, transformando e levando a democracia adiante”, disse Pedro Sanchez. “É por isso que esperamos você no Conselho Europeu do ano que vem”, disse ele ao vereador de Paris no caso de uma eleição como Presidente da República.
O seu homólogo português António Costa, por sua vez, alertou que os sociais-democratas não devem ter medo de alertar os cidadãos que “a mudança custa caro”, especialmente a mudança para uma economia mais verde. Daí a necessidade de investimentos europeus substanciais, por oposição à “austeridade”, e regras vinculativas para as empresas, diz.
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