Todas as sextas-feiras, a equipe de parisienses fornecerá respostas curtas para perguntas relacionadas à vida cotidiana do Paris Saint-Germain. Analisamos as notícias da semana, com opiniões de dois editores. Aqui, sem detalhes, respostas curtas e francas que permitirão resumir a semana passada para o clube da capital. Voltamos esta semana ao início da temporada para o Hakimi, os contratempos a nível desportivo e institucional, o caso Kylian Mbappé, mas também o PSG/OM.
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O que você acha do início de temporada de Hakimi?
Arthur-
Não é um péssimo começo de temporada. Ele joga com uma tática que deve permitir que ele floresça, mas parece estar lutando mais do que qualquer outra coisa. Desmamado dos balões do lado direito, ele joga de cabeça para baixo. A gente vê ele sem correr riscos, joga nos pés a 3 metros, não transborda, não provoca. Ele é como o PSG nas últimas semanas, sem graça em seu jogo e no que ele traz para o time.
Nicolau –
Como o PSG: os primeiros jogos foram divertidos e os últimos muito mais complicados. Havia a sensação de que ele está um pouco “esquecido” em certas ações (como um contra-ataque em Lyon onde Mbappé não o serve). E às vezes há falta de presença na caixa ou suporte para ele (como Galtier já mencionou). Mas ele também é pessoalmente menos afiado e menos preciso.
Hakimi pode pagar um pouco pela sequência de partidas enquanto Nordi Mukiele foi mais satisfatório na defesa central e deve preencher as faltas. Também pode caber a ele voltar na direção certa. Ele tem qualidades, isso é certo. Mas a consistência é essencial em um nível muito alto. Ele já teve temporadas completas em sua jovem carreira, principalmente na Inter de Milão (2020-2021). Resta encontrar as soluções.
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3 empates seguidos, é uma crise?
Arthur-
É preciso relativizar. Contra o Benfica na primeira mão, o PSG certamente merece melhor, mas defrontou uma grande equipa portuguesa. Contra o Reims, o PSG fez seu maior rodízio e viu um de seus zagueiros ser expulso. Não é desculpa, mas o Paris, 11 contra 11, tem de ganhar e, finalmente, a segunda mão contra o Benfica foi muito fechada por causa do resultado da Juventus, um empate que agradou a todos.
Na minha opinião, o jogo contra o OM será crucial nesta temporada. Esta partida nos dirá muito rapidamente onde o PSG está. Se os parisienses perderem, após três empates, contra o eterno rival, além de assuntos extraesportivos, aí sim, a crise estará aí.
Nicolau –
Não, mas teríamos que vencer o Marselha no domingo ou será muito estranho. Ainda que não devamos esquecer que o primeiro empate frente ao Benfica foi obtido com um jogo muito bom durante 70 minutos mas com falta de eficiência. Na volta, o PSG teve mais controle em seu campo, mas faltou energia depois. Você tem que levar em conta o calendário e as lesões necessariamente dolorosas.
Paris deve ter soluções, mas não é necessariamente fácil. E o Benfica é uma das equipas em melhor forma neste início de época. Em Reims, há entre dois jogos da Liga dos Campeões a gerir com cartão vermelho na primeira parte, num jogo muito tenso durante o qual o árbitro deixou que os remates fossem dados aos parisienses. Claro, leva melhor. Mas você não precisa jogar tudo fora em poucas partidas.
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O PSG deve mudar de presidente?
Arthur-
Na minha opinião sim. Ele é parcialmente responsável pelo clima em torno do clube. Ele não está frequentemente em Paris para desempenhar seu papel de presidente, ele está preso na preparação para a Copa do Mundo. Você precisa de um conhecedor no PSG, um pouco como no Bayern de Munique. Paris deve se reestruturar e não mais basear tudo na imagem.
Devemos repensar a equipe colocando lógica nela. Por tudo isso, a presença de Al-Khelaïfi restringe tudo. Ele pediu o respeito da instituição, vemos o que dá nesses últimos dias. Na cabeça dele, sentimos que ele não está pronto para fazer o que é necessário, aposta tudo em Mbappé, faz promessas como se o PSG tivesse que se deitar na frente de um jogador.
Nicolau –
Sempre acho difícil me expressar sem conhecer todos os bastidores do clube, mas fica difícil pensar que uma mudança não poderia fazer bem. Afinal, é praticamente a única constante desde o início da era QSI com problemas recorrentes. Pode haver um link. Há também os vários casos que se acumulam. Mesmo se ele se safar até agora, pode haver algo errado em algum lugar. E isso é negativo para a imagem de qualquer maneira.
No entanto, você precisa ter certeza de que tem o candidato certo para substituí-lo. Sem esquecer que o Al-Khelaïfi tem agora uma certa importância no futebol europeu. Nada óbvio, mas há algo para fazer perguntas.
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Como vive o “Portão Mbappé” (e os assuntos que dizem respeito ao PSG)?
Arthur-
O negócio em si não é incrível, tão difícil deixar o cara surpreso. Mas o que torna tudo isso insuportável é que o clube não parece pronto para se questionar. No caso Mbappé, há duas leituras, a polêmica sobre sua vontade de sair, provavelmente lançada por seu clã, que a meu ver é insuportável diante do respeito exigido pelo próprio Mbappé à instituição. Então há o caso Mediaparto exército digital e há outra área, Mbappé pode estar mal, mas os dois casos não estão ligados, pois um saiu 24 horas depois do outro.
Aconteça o que acontecer, como o presidente, o futuro de Mbappé no PSG é complicado. É hora de todos virarem a página. Quando um sujeito (Mbappé) volta constantemente há 2 ou 3 anos, há um problema com o jogador e com o clube.
Nicolau –
Acho que Christophe Galtier resumiu bem o sentimento em uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira: é cansativo falar especialmente de negócios fora de campo com várias polêmicas e rumores. E também tem um jogador que volta sempre com Mbappé. Que raramente falam para acalmar a situação. Ele até deu elementos para a mídia ultimamente. O que é aceito por este último, o que torna o agressor uma vítima.
Suas performances agora servem apenas para criticar o resto. Sem pensar na famosa mensagem que ouvimos com o PSG que deve estar acima dos jogadores. Espero que em breve possamos realmente passar para outra coisa. Por enquanto, continuo a lamentar a prorrogação de Mbappé.
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Um PSG/OM no topo, como você imagina a partida?
Arthur-
Vejo uma partida tensa, os parisienses não terão digerido o hype da mídia, mas também em torno de Mbappé. Messi, jogador Clássico na Espanha por muito tempo, teria feito bem neste jogo de rivais. Mas ele pode perder o jogo.
Vai ser como muitas vezes, OM vai ter um grande jogo, acredite, mas o Paris deve ganhar no final, com os habituais e legítimos debates sobre a qualidade do jogo que não será excepcional. Tendo em vista as tensões atuais, cuidado também com cartões vermelhos ou Neymar que podem causar mais do que razão. Com este PSG, difícil ser sereno.
Nicolau –
Tudo depende do PSG. Se ele conseguir virar a página e recuperar as energias, poderemos ter um show que seja bom. Mas a noite também pode ser muito complicada se o início não for bom. Vejo OM apostando em uma entrada cheia de energia. Os parisienses terão que estar bem concentrados e resistir à tensão. É aqui que a gestão dos últimos dias será essencial. É possivelmente um pequeno ponto de virada na temporada. Existe a possibilidade de descartar o negativo em torno do PSG, mas também o risco de mergulhar nele.
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