Em França, a nova carta de condução em formato “cartão bancário” deve ser renovada a cada 15 anos, mas este é um processo puramente administrativo e não é necessário nenhum exame médico ou de condução para manter a carta de condução após a obtenção. Este não é o caso entre todos os nossos vizinhos europeus, uma vez que os Países Baixos, Itália, Espanha, Portugal, Dinamarca, Finlândia, República Checa e até a Grécia exigem um exame médico periódico, pelo menos para os idosos.
Contudo, isto poderá mudar, à medida que proposta de lei europeia planeja padronizar um exame médico obrigatório a cada 15 anos para manter sua carteira de motorista. O texto foi adotado por uma margem restrita em dezembro de 2023, em primeira leitura, pela Comissão Europeia dos Transportes e Turismo, e será debatido em 27 de fevereiro de 2024 no Parlamento Europeu.
Um eterno debate
A possibilidade de extinção da carta de condução vitalícia não deixou de provocar reação por parte das associações. 40 milhões de motoristas também lançaram uma petição Não toque na minha licença contra esta possibilidade.
O debate sobre a imposição de exame médico, especialmente para os idosos, surge frequentemente em cima da mesa. No entanto, é geralmente descartado porque os condutores mais velhos raramente se envolvem em acidentes durante a condução. Na verdade, as estatísticas apoiam esta opinião, mas há uma razão para isso: as pessoas mais velhas tendem a viajar menos quilómetros do que o condutor médio.
Olhando para a taxa de responsabilidade dos condutores em caso de acidente mortal, os resultados dos idosos são muito menos lisonjeiros. Segundo a associação Prevenção Rodoviária, os maiores de 75 anos são responsáveis por 80% dos acidentes mortais em que estão envolvidos, ou seja, entre os 18 e os 24 anos, empatados no topo do ranking. A título de comparação, a taxa de responsabilidade dos jovens dos 35 aos 49 anos, que obtêm o melhor resultado, é de “apenas” 59%.
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