Pelé está morto, mas Pelé é “imortal”: a mídia de todo o mundo saúda o lendário brasileiro que morreu quinta-feira aos 82 anos, e que deu ao “futebol” suas horas de glória e cartas de nobreza.
As imagens do “Rei” e os comentários estão circulando nas televisões de todo o mundo, inundando as redes sociais e engolfando as primeiras páginas dos sites dos jornais, antes mesmo de sua publicação.
“Luto” pelo “rei imortal do futebol”, é a manchete do diário brasileiro O Globo em seu site, com imagens do jogador com a camisa da seleção, em especial a icônica, onde todos sorriem, ele levanta o braço direito, carregado por seu companheiro de equipe Jairzinho visto por trás com seu número 7.
“Pelé está morto, o futebol perde o rei”, titula O Estado de S. Paulo, homem que segundo a Folha de São Paulo “mostrou a força do esporte e ultrapassou os limites da fama”.
“Quem morreu é o Edson”
No site deste jornal paulista, Juca Kfouri elogia o “melhor jogador da história” e cita o escritor Carlos Drummond de Andrade (1902-1987): “Não é difícil fazer mil gols como Pelé: o difícil é fazer um gol como Pelé”.
Este jornalista, que é autoridade no Brasil, conclui seu belo obituário assim: “Não, não é verdade que Pelé morreu. Quem morreu é Edson” – o primeiro nome de Edson Arantes do Nascimento, diz Pelé.
Na Argentina, país de Diego Maradona e Lionel Messi, que também concorrem ao título oficioso de melhor jogador de todos os tempos, o Clarin vê em Pelé “a primeira grande estrela do futebol”, um “grande entre os grandes”, segundo Luis Vinker.
“A bola está chorando: Pelé está morto”, título Olé. E o diário esportivo argentino é um bom jogador: “Além da rivalidade que existe entre Argentina e Brasil, ninguém pode duvidar que Pelé foi um dos maiores jogadores de futebol da história, para muitos o melhor. além de Diego Maradona e Lionel Messi. O que é certo é que ele marcou época desde sua estreia na adolescência, tanto pelo Santos quanto pela Seleção Brasileira”.
Ainda na América Latina, a imprensa mexicana privilegia a imagem de “Rei” comemorando seu tricampeonato mundial em 1970, no estádio Azteca, na Cidade do México, carregado pelos companheiros, sem camisa e de sombrero. “O futebol está de luto”, título El Universal. No Equador, El Universo de Guayaquil diz “adeus a Pelé, o + jogador sobrenatural +”.
“O maior” e “o mais bonito”
Nos Estados Unidos, um país muito menos centrado no desporto rei, o New York Times evoca o desaparecimento da “cara global do futebol”, que “ajudou a popularizar este desporto nos Estados Unidos”, durante a sua visita ao Cosmos New Iorque (1975-1977).
“O Brasil e o mundo estão de luto: só havia um Pelé”, reconhece o Washington Post, em cujo site a jornalista esportiva Liz Clarke escreve: “Nós o chamávamos de rei do futebol, mas é o outro apelido de Pelé – a + Pérola Negra +, ou Pérola Negra – que melhor evoca a rara inteligência que continha na sua pequena estrutura”.
22 páginas especiais no L’Equipe
É também esse talento extraordinário que Vincent Duluc engrandece em L’Equipe (22 páginas especiais de Pelé): “Por trás da tristeza se esconde a felicidade de tê-lo visto jogar, de tê-lo visto dançar, mesmo em imagens antigas, e de tê-lo visto dar outro sentido ao jogo mais universal do planeta”.
O editorialista do diário esportivo francês encerra sua coluna com um suspiro de “saudade” pensando no 10º brasileiro e na Copa do Mundo de 1970, “ele era o maior, ela era a mais bonita”.
O maior? Esta é também a opinião do jornal francês Le Monde sobre o “monarca absoluto da bola redonda”. “O Rei. O rei, simplesmente. Com todos os seus atributos. A sua coroa, nunca disputada, nem por Cruyff, Platini, Maradona, Zidane, Messi ou Cristiano Ronaldo”, avança Bruno Lesprit.
Este artigo foi publicado automaticamente. Fontes: ats/afp
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