JOANESBURGO (Reuters) – Um tribunal de Luanda condenou o filho do ex-presidente angolano Eduardo Dos Santos a cinco anos de prisão por um caso de corrupção de US$ 500 milhões, informou a agência de notícias portuguesa Lusa nesta sexta-feira.
José Filomeno dos Santos, ex-chefe do fundo soberano de US$ 5 bilhões de Angola, foi considerado culpado, junto com outros três réus, de transferir o dinheiro para uma conta do Credit Suisse em Londres.
Seu julgamento foi o caso de maior visibilidade até o momento sob a campanha anticorrupção do presidente João Lourenço, que assumiu o comando depois que dos Santos deixou o cargo em 2017, após quase quatro décadas de poder no segundo maior exportador de petróleo da África.
O juiz João Pitra considerou Dos Santos – apelidado de “Zenu” – culpado de fraude, peculato e tráfico de influências, disse a Lusa. Valter Filipe, ex-governador do Banco Nacional de Angola, foi condenado a oito anos no processo.
António Samalia Bule, antigo administrador do Banco Nacional de Angola, e Jorge Gaudens Sebastião, empresário e amigo de longa data de Zenu, pegaram cinco anos e seis anos, respetivamente.
Todos foram absolvidos de branqueamento de capitais, disse a Lusa.
O ex-presidente Dos Santos nomeou aliados próximos e parentes para posições-chave, mas seu sucessor, também membro do partido governista Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), erradicou alguns de seus partidários e iniciou julgamentos anticorrupção contra membros seniores do antigo regime.
Reportagem de Tim Cocks; Edição de Toby Chopra e Angus MacSwan
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