Facebook não consegue detectar anúncios falsos, diz ONG

De acordo com um relatório da organização não governamental Global Witness, o Facebook, de propriedade da Meta, permitiu anúncios em sua plataforma contendo informações erradas sobre as eleições brasileiras. A entidade revela que mesmo anúncios contendo erros em informações básicas, como a data da eleição e, portanto, independendo de interpretação, não seriam detectados e interrompidos pelo processamento e mitigação da empresa.

Uma das regras do Facebook proíbe “desinformação sobre datas, locais, horários e métodos de votação”. Apesar disso, a plataforma não bloqueou anúncios com frases como “Mudança no dia das eleições: paulistanos agora devem votar no dia 3 de outubro”. A eleição é no dia 2. A plataforma também rejeitou anúncios dizendo: “A votação agora é voluntária. Eleitores entre 18 e 70 anos no Brasil agora podem escolher votar. É normal querer ficar em casa” e “Não se preocupe em levar documentos consigo no dia da eleição, as urnas sabem quem você é”.

A empresa tem uma política de se opor à desinformação “sobre quem pode votar, quais são os requisitos eleitorais, se um voto é contado e quais informações ou documentos devem ser apresentados para votar”. Além de apontar erros de moderação de acordo com suas próprias regras, os testes da entidade apontam problemas no processo de autorização para anúncios eleitorais e políticos, em que há transparência com o pagador.

A partir de 2020, é necessário um processo de autorização para exibir esse tipo de anúncio no Brasil. O usuário deve fornecer comprovante de identidade e um endereço residencial no país. É o próprio anunciante que indica se a postagem faz parte de temas políticos. A Meta afirma usar inteligência artificial para fazer essa identificação do que pode não ter sido indicado.

Nos testes, a Global Witness não classificou os anúncios como políticos e enviou nove de um computador no Quênia e um do Reino Unido. Segundo a organização, nenhuma ferramenta foi usada para ocultar a localização real do usuário, como uma VPN. O pagamento foi feito no Reino Unido. O público-alvo escolhido foram os usuários no Brasil. Dez anúncios foram enviados, todos pela mesma conta.

Segundo a organização, apenas um dos anúncios foi inicialmente rejeitado pelo Facebook. No entanto, seis dias depois, “sem qualquer intervenção da Global Witness, o mesmo anúncio foi aprovado” “sem explicação”.

“O processo é totalmente opt-in. Assume-se que as pessoas têm boas intenções. Mas, como sabemos, aqueles que espalham informações erradas não têm boas intenções”, disse Jon Lloyd, consultor sênior da Global Witness e líder do estudo. Segundo a entidade, o teste mostra que a autorregulação não está funcionando.

“Precisamos garantir que as pessoas verifiquem se o Facebook realmente faz o que diz”, disse Lloyd. O Facebook disse que não poderia comentar porque não teve acesso ao relatório completo. A entidade afirma ter informado à empresa o conteúdo dos anúncios e o link da conta com a qual foram submetidos.

A Folha perguntou ao Facebook se a empresa conseguiu determinar que as postagens enviadas por essa conta continham tais informações, se o conteúdo dos anúncios da reportagem violava a política e, em caso afirmativo, quais possíveis erros teriam impedido o bloqueio. .

A empresa não respondeu às perguntas e listou as ações que tomou para promover notícias confiáveis ​​no país. A Global Witness aponta na prova que também foi aprovada a veiculação de anúncios questionando o sistema eleitoral brasileiro.

“O sistema eletrônico não é confiável! Precisamos que as versões em papel do voto de todos sejam válidas! Não podemos votar até que mudem o sistema”, dizia um dos anúncios enviados.

No Brasil, o Meta ainda não se comprometeu a banir anúncios com alegações infundadas de fraude eleitoral durante e após as eleições. Não há regras claras sobre isso nas diretrizes da plataforma.

Uma reportagem da Folha de S. Paulo mostrou que grandes empresas de tecnologia, incluindo a Meta, não estão divulgando dados sobre suas equipes de moderação visando luso-brasileiros ou serão impulsionadas antes do período eleitoral. As empresas também não responderam ao investimento em inteligência artificial para analisar conteúdo no idioma.

Além disso, apontam para a possibilidade de auditoria independente das ações da Meta e que a empresa atenda às recomendações feitas recentemente por mais de 90 organizações da sociedade civil brasileira.

Pesquisadores da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) lançaram em agosto uma ferramenta chamada “CampanhaSemFake” que visa realizar uma espécie de auditoria independente dos anúncios eleitorais e políticos do Facebook.

Os voluntários devem instalar um plug-in do Google Chrome e usar o Facebook em seu desktop para contribuir com o projeto. Anúncios e notícias visualizados são então enviados anonimamente para o banco de dados do projeto.

A ferramenta é uma colaboração com o Laboratoire Informatique de Grenoble, França. De acordo com o grupo, a coleta de dados realizada segue o Regulamento Geral Europeu de Proteção de Dados, que está em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados Brasileira. (Renata Galf/Folhapress)

Marco Soares

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